Antigamente o dono do cavalo andava na sela, hoje puxa pelo cabresto.
Observação de que a forma de exercer poder ou prestígio mudou: quem antes participava diretamente passou a controlar à distância ou por intermédio de outras pessoas.
Versão neutra
Antes o proprietário montava o cavalo; hoje conduz-no pela rédea.
Faqs
- O que significa 'cabresto'?
Cabresto é um arnês ou rédea usado para guiar um cavalo pela cabeça; no provérbio simboliza uma forma indirecta de controlo. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer comentar, de forma sucinta, a mudança de um papel activo para um papel de comando indirecto — em empresas, política ou relações pessoais. - É um provérbio crítico ou neutro?
Depende do contexto: muitas vezes tem um tom crítico (perda de estatuto ou envolvimento), mas pode ser usado de forma descritiva ou neutra para indicar delegação.
Notas de uso
- Emprega-se para criticar a perda de prestígio ou de envolvimento directo de quem detém recursos ou autoridade.
- Também pode ser usado de forma neutra para descrever delegação de tarefas: o proprietário agora dirige em vez de executar.
- Adequado em contextos profissionais, políticos ou familiares para comentar mudanças de papéis.
- Evita-se usar de forma pejorativa se o objetivo for simplesmente apontar eficiência ou segurança (tal como delegar por razões legítimas).
Exemplos
- Na empresa, o fundador já não participa nas reuniões operacionais — antigamente ia à frente, hoje mais pensa-se que 'antigamente o dono do cavalo andava na sela, hoje puxa pelo cabresto'.
- Na política local, o cabeça de lista deixou de comparecer às inspecções e dá ordens por intermediários; os eleitores comentam justamente este provérbio.
- No seio da família, o avô era quem ensinava os netos a trabalhar a terra; hoje observa e orienta à distância, uma mudança que muitos resumem com este provérbio.
Variações Sinónimos
- Antes o dono montava; agora guia pelo cabresto.
- Antigamente ia na sela; hoje leva-o pela rédea.
- Quem antes montava, hoje puxa o cavalo.
Relacionados
- Manda quem pode, obedece quem tem juízo (sobre relações de poder e autoridade).
- Delegar não é abdicar (comentários sobre delegação versus perda de controlo).
Contrapontos
- Nem sempre é negativo: conduzir o cavalo pelo cabresto pode significar gestão mais segura, delegação profissional ou adaptação a novas funções.
- O provérbio tende a pressupor perda de prestígio; em alguns contextos a mudança de papel é estratégica e benéfica.
- A frase usa a imagem do cavalo e do cabresto — nem todos os casos de gestão à distância implicam menor competência do titular.
Equivalentes
- Inglês
Once the owner rode the horse; now he leads it by the halter. - Espanhol
Antes el dueño montaba; hoy tira del cabestro. - Francês
Autrefois le propriétaire montait le cheval; aujourd'hui il le tient par la bride.