Advertência: dar liberdade, poder ou recursos a quem não tem juízo tende a resultar em excessos ou em uso indevido.
Versão neutra
A quem é irresponsável ou sem juízo, quando se lhe dá liberdade ou recursos, tende a aproveitar tudo sem medida.
Faqs
Significa que nunca se deve confiar em alguém que cometeu um erro? Não necessariamente. É um aviso geral sobre riscos de confiar plenamente sem avaliar responsabilidade; não corta a possibilidade de perdão, ensino ou confiança gradual.
É um provérbio ofensivo? Pode ser interpretado como insultuoso se aplicado directamente a alguém. É mais apropriado como comentário sobre uma situação do que sobre a pessoa.
Quando é útil usar este provérbio? Quando se pretende alertar para as consequências de dar poderes, recursos ou liberdade sem limites a quem não tem capacidade ou juízo para os gerir.
Tem origem conhecida? Não existe registo claro da sua origem escrita; faz parte da tradição oral dos provérbios portugueses.
Notas de uso
Usa-se para avisar sobre os riscos de confiar ou entregar responsabilidade a pessoas imprevisíveis, irresponsáveis ou incapazes de avaliar consequências.
Tom: admoestador; pode soar ofensivo se dirigido diretamente a alguém (chamar alguém de 'tolo' ou 'bêbado').
Contextos: família, trabalho, gestão de recursos, delegação de tarefas.
Alternativa diplomática: «Tem cuidado em delegar tanto a quem ainda não provou ter responsabilidade.»
Exemplos
Não lhe deixes as chaves do cofre sozinho — ao bêbado e ao tolo, dá-se o caminho todo; ele pode gastar ou perder tudo.
Na reunião aconselhei a direcção a não delegar decisões financeiras ao departamento inexperiente: ao bêbado e ao tolo dá-se o caminho todo, e depois é difícil reparar os danos.
Variações Sinónimos
Ao bêbado e ao parvo, dá-se o caminho todo.
Ao tolo e ao bêbado, entrega-se a estrada inteira.
Dá um palmo e tomam uma vara.
Relacionados
Quem tudo quer, tudo perde (relacionado com excessos e consequências).