Ao rico não faltes, ao pobre não prometas
Recomenda manter boas relações com os poderosos e evitar fazer promessas a quem tem poucos meios, para não criar falsas expectativas.
Versão neutra
Mantém boas relações com pessoas influentes; evita prometer algo a quem depende disso se não puderes cumprir.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que é prudente cultivar boas ligações com quem tem poder ou recursos e evitar prometer algo a pessoas carenciadas se não se tem a possibilidade de cumprir, para não criar falsas esperanças. - É imoral seguir este conselho?
Depende do uso. Como regra prática, aconselha prudência. Torna‑se problemático se for usado para justificar indiferença ou discriminação. Uma aplicação ética equilibra honestidade, generosidade e responsabilidade. - Quando posso usar este provérbio?
Em contextos informais para aconselhar sobre gestão de relações e promessas — por exemplo, em negócios, organização de projectos ou quando se gerem expectativas de terceiros. - Como aplicar este provérbio sem ser injusto?
Seja transparente com todos, não faça promessas impossíveis e procure formas práticas de apoio aos mais vulneráveis em vez de palavras vazias. Manter relações úteis não impede solidariedade.
Notas de uso
- Costuma ser usado como conselho prático sobre gestão de relações sociais e expectativas.
- Tem tom pragmaticamente cauteloso e pode soar cínico se aplicado sem consideração ética.
- Usa-se em contextos informais; em contextos formais deve acompanhar-se de explicação para evitar mal-entendidos.
- Não justifica exploração nem falta de empatia: é um aviso sobre promessas e reciprocidade, não uma ordem ética absoluta.
Exemplos
- Na reunião com potenciais investidores, seguiu o conselho do provérbio: foi diligente com os que podiam financiar o projecto e não prometeu apoios a quem não podia garantir.
- Ao trabalhar com voluntários, o coordenador lembrou-se do provérbio e preferiu ser honesto sobre o que podia oferecer em vez de prometer benefícios que não existiam.
Variações Sinónimos
- Ao rico não falte, ao pobre não ofereças promessas
- Não faltes ao rico; não prometas ao pobre
- Não cries esperanças aos que nada têm
Relacionados
- Prometer não é dar — cuidado com palavras sem suporte
- Quem dá não perde — sobre generosidade e responsabilidade
- Mais vale um gosto que seis tostões — valorizar o que é real (uso regional)
Contrapontos
- Crítica ética: o provérbio pode encorajar favoritismo social injusto e negligência dos mais vulneráveis.
- Alternativa empática: ser honesto com todos — manter relações com os influentes sem abandonar a responsabilidade moral para com os pobres.
- Prática responsável: em vez de não prometer, negociar expectativas e procurar soluções concretas (ajuda prática, encaminhamentos), quando possível.
Equivalentes
- Inglês
Literal: "Do not fail the rich, do not promise the poor." (sem equivalente directo; transmite cautela sobre promessas) - Espanhol
Literal: "Al rico no le faltes, al pobre no le prometas." (expressa a mesma advertência prática) - Francês
Literal: «Ne manque pas au riche, ne promets rien au pauvre.» (tradução aproximada sem provérbio estabelecido)