Aos mortos e aos ausentes, nem os insultes, nem os atormentes.
Não insultes nem perturbes os mortos nem as pessoas ausentes — por respeito e para evitar conflitos injustos.
Versão neutra
Não insultes nem atormentes os mortos ou os ausentes.
Faqs
- Quando é apropriado aplicar este provérbio?
Quando alguém é alvo de comentários insultuosos e não tem como responder — por respeito e para evitar difamação. Em debates públicos, aplica-se sempre que não haja necessidade legítima de crítica factual. - Significa que nunca se pode criticar uma pessoa falecida?
Não necessariamente. Críticas fundamentadas por razões históricas, jurídicas ou de interesse público podem ser aceitáveis, desde que baseadas em factos e apresentadas com responsabilidade. - Aplica-se ao ambiente digital?
Sim. Evita publicar insultos ou rumores sobre pessoas ausentes ou falecidas nas redes sociais; isso preserva respeito e reduz o risco legal e ético.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar contenção verbal, especialmente em discussões onde alguém não pode responder (falecido ou ausente).
- Empregado em contextos familiares, memoriais, e também no discurso público para preservar reputação e evitar difamação.
- Não impede a discussão factual e crítica fundamentada sobre actos passados quando há necessidade de responsabilização (p.ex. debate histórico ou judicial).
- Aplica-se igualmente ao comportamento online: evita publicar insultos sobre pessoas que não estão presentes para se defender.
Exemplos
- Quando começaram a falar mal do falecido na reunião, o avô interveio: 'Aos mortos e aos ausentes, nem os insultes, nem os atormentes.'
- No grupo de trabalho, sugeri que evitássemos acusações sobre quem estava de férias — aos mortos e aos ausentes, nem os insultes, nem os atormentes.
- Mesmo durante a campanha, o candidato lembrou aos apoiantes a máxima: 'Aos mortos e aos ausentes, nem os insultes, nem os atormentes.'
Variações Sinónimos
- Não se fala mal dos mortos nem dos ausentes.
- De mortos e ausentes, não se diz mal.
- Do morto e do ausente, não se fala mal.
Relacionados
- Fala-se bem ou nada se diz (variante: 'Do morto só se diz bem').
- Calar é ouro, falar é prata (relacionado à prudência em dizer certas coisas).
- Mais vale um mau acordo do que uma boa demanda (no sentido de evitar conflitos desnecessários).
Contrapontos
- A máxima pode ser usada para silenciar denúncias legítimas sobre crimes ou abusos cometidos por pessoas já falecidas.
- Em processos de memória histórica, a obrigação de dizer a verdade pode justificar falar mal de ausentes quando há interesse público.
- A proteção da reputação não deve impedir a investigação e a crítica baseada em factos verificáveis.
Equivalentes
- Inglês
Speak no ill of the dead. - Espanhol
De los muertos y de los ausentes, no hables mal. - Francês
Des morts et des absents, ne parlez pas mal. - Alemão
Über Tote und Abwesende soll man nicht schlecht reden.