Aquele que despreza o moinho, despreza a farinha.
Quem despreza ou rejeita o processo intermédio que produz um resultado também está a desprezar o próprio resultado.
Versão neutra
Quem despreza o processo, despreza o resultado.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa-se para lembrar que desprezar um meio, etapa ou pessoa que contribui para um resultado equivale a desprezar o próprio resultado; comum em discussões sobre processos, ferramentas ou papéis intermédios. - É um provérbio ofensivo?
Em geral não é ofensivo; é uma crítica ou advertência sobre atitudes que desvalorizam meios necessários. O tom pode ser mais duro dependendo do contexto e da intenção de quem o usa. - Tem origem histórica conhecida?
Não há origem documentada precisa; trata-se de um provérbio popular provavelmente nascido em sociedades agrícolas, onde o moinho era imprescindível para obter farinha. - Há equivalentes mais modernos?
Sim. Frases como “Quem despreza o processo, despreza o resultado” ou exemplos concretos em contextos técnicos (recusar uma ferramenta essencial) são versões modernas do mesmo princípio.
Notas de uso
- Usa-se para criticar quem desvaloriza meios, processos ou intermediários necessários para obter um resultado.
- Aplicável em contextos profissionais (recusar ferramentas ou procedimentos) e pessoais (desvalorizar o esforço que leva a um benefício).
- Serve de advertência para não desprezar o contributo de pessoas ou processos cujo trabalho é essencial ao produto final.
- Não é necessariamente pejorativo: pode ser usado de forma educativa para sublinhar importância da etapa intermédia.
Exemplos
- Se rejeitas a equipa de logística por não gostares das formalidades, lembra-te: aquele que despreza o moinho, despreza a farinha — vais perder as entregas a tempo.
- Os críticos que menosprezam o artesão e só elogiam o móvel acabado estão a desprezar o moinho e, portanto, a farinha.
Variações Sinónimos
- Quem despreza o moinho, despreza a farinha (variação sem ponto final).
- Quem despreza o processo, despreza o produto.
- Despreza o moinho, despreza a farinha.
Relacionados
- Não se faz omeleta sem quebrar ovos. (alguma semelhança na ideia de necessidade do processo)
- Cada coisa a seu tempo. (valorização das etapas)
- Quem semeia colhe. (relação entre ação e resultado)
Contrapontos
- O fim justifica os meios. (valorização do resultado mesmo à custa dos meios)
- Melhor um bom resultado do que um bom processo. (prioriza o produto final)
Equivalentes
- Inglês
He who scorns the mill scorns the flour. (literal) / Don't scorn the mill if you want the flour. (explicativo) - Espanhol
El que desprecia el molino, desprecia la harina. - Francês
Qui méprise le moulin, méprise la farine. - Italiano
Chi disprezza il mulino, disprezza la farina. - Português (Brasil)
Aquele que despreza o moinho, despreza a farinha.