Quem despreza o pouco, não ama o muito.
Quem não valoriza pequenas coisas dificilmente apreciará ou saberá lidar com coisas maiores.
Versão neutra
Quem despreza o que é pouco, não saberá amar aquilo que é muito.
Faqs
- O que significa exatamente este provérbio?
Significa que a incapacidade de apreciar coisas pequenas — gestos, quantias ou esforços modestos — tende a impedir que se valorize ou usufrua plenamente de coisas maiores no futuro. - Quando é apropriado usá‑lo?
Usa‑se para aconselhar prudência, gratidão e atenção ao detalhe, ou para criticar quem despreza contributos modestos que podem ser a base de algo maior. - Aplica‑se sempre, sem exceções?
Não; há situações em que recusar o pouco é justificado por princípios ou segurança. O provérbio é uma regra de sabedoria popular, não uma lei universal. - É um provérbio de registo formal?
É de uso corrente e funciona tanto em registos informais como formais, dependendo do contexto e do tom com que é dito.
Notas de uso
- Usa-se para sublinhar a importância de valorizar gestos, quantias ou esforços modestos.
- Aplicável em contextos financeiros, afectivos e profissionais: hábito de desprezar o pouco compromete acesso ou apreço pelo muito.
- Tom frequentemente moralizante; pode ser empregado para aconselhar ou censurar comportamentos de ingratidão ou desperdício.
- Não é uma regra absoluta — há situações em que recusar o pouco é uma escolha ética ou prática.
Exemplos
- Se ele sempre despreza as pequenas economias do dia a dia, não admira que depois não consiga poupar para comprar casa — quem despreza o pouco, não ama o muito.
- Numa equipa, quem ignora as contribuições mais modestas raramente reconhece o valor de grandes sucessos; o provérbio descreve bem essa atitude.
Variações Sinónimos
- Quem não valoriza o pouco, não merece o muito.
- Quem despreza as pequenas coisas, perde as grandes.
- Quem refuta as migalhas, rejeita o banquete.
Relacionados
- De grão em grão enche a galinha o papo.
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
Contrapontos
- Recusar pequenas ofertas por motivos éticos (por exemplo, negar um suborno) não é sinal de incapacidade para apreciar o muito; é uma decisão consciente.
- Em alguns casos, pequenas coisas podem ser prejudiciais (p.ex. vícios aparentemente insignificantes) e desprezá‑las pode ser prudente.
- A busca imediata pelo 'muito' sem critérios pode levar a más escolhas; desprezar o pouco nem sempre significa falta de amor pelo muito, mas sim exigência.
Equivalentes
- es
Quien desprecia lo poco, no ama lo mucho. - en
He who despises the small will not love the great. - fr
Qui méprise le peu n'aime pas le beaucoup. - de
Wer das Kleine verachtet, liebt das Große nicht. - it
Chi disprezza il poco non ama il molto.