Assaz escasso é quem de palavras tem dó

Assaz escasso é quem de palavras tem dó.
 ... Assaz escasso é quem de palavras tem dó.

Afirma que é raro encontrar quem seja comedido nas palavras; lamenta a prolixidade e valoriza a concisão.

Versão neutra

É raro quem se poupa nas palavras.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que é incomum encontrar pessoas que se contenham nas palavras; geralmente é usado para criticar a tendência de falar em demasia e defender a concisão.
  • É um elogio ou crítica?
    Geralmente é usado como crítica à prolixidade, implicando que a contenção verbal é uma qualidade desejável e pouco comum.
  • Em que contextos posso usar este provérbio?
    Em conversas informais, comentários sobre reuniões longas, debates ou redes sociais onde haja excessiva verbosidade. Em contextos formais, prefira uma formulação explicativa (ex.: «É raro ver alguém tão conciso como X»).
  • Tem conotações culturais ou temporais específicas?
    É um provérbio de tradição oral; valoriza um traço apreciado em muitas culturas (a moderação verbal). A receção pode variar: em ambientes que valorizam a expressão e argumentação, pode ser visto como desencorajamento à participação.

Notas de uso

  • Usa‑se para comentar situações em que muita gente fala demasiado ou sem necessidade.
  • Tom crítico — sugere que a contenção verbal é positiva e pouco comum.
  • Registro: popular, adequado em conversas informais e comentários reflexivos; evitar em contextos formais sem explicação.

Exemplos

  • Numa reunião em que todos interrompiam e se alongavam, alguém murmurou: «Assaz escasso é quem de palavras tem dó», lembrando que deviam ser mais concisos.
  • Ao ver os comentários exagerados nas redes sociais, pensei que o provérbio se aplicava bem: assaz escasso é quem de palavras tem dó — poucos se contêm.
  • Durante a apresentação, o orador repetiu várias ideias; no final, um colega comentou que hoje também não havia quem de palavras tivesse dó.

Variações Sinónimos

  • É raro quem fala pouco.
  • Poucos são os que se poupam nas palavras.
  • Em boca fechada não entra mosca (similar na defesa do silêncio/contenção).
  • Palavra é prata, silêncio é ouro (variação que valoriza o silêncio)

Relacionados

  • Em boca fechada não entra mosca
  • Palavra é prata, silêncio é ouro
  • Poucas palavras, boas

Contrapontos

  • Quem cala consente — interpretações que ligam silêncio a aceitação ou omissão, não necessariamente a virtude.
  • Falar é preciso — posições que valorizam a expressão e a tomada de posição em vez da contenção.
  • Quem não arrisca não petisca — encoraja a iniciativa verbal em certas circunstâncias.

Equivalentes

  • inglês
    Silence is golden / Still waters run deep (aprox.: valoriza o silêncio ou a reserva)
  • espanhol
    En boca cerrada no entran moscas
  • francês
    La parole est d'argent, le silence est d'or