Boca que erra, nunca pão lhe faleça

Boca que erra, nunca pão lhe faleça.
 ... Boca que erra, nunca pão lhe faleça.

Expressão tradicional que sugere clemência ou tolerância perante lapsos de fala, indicando que um erro verbal não deve privar alguém do sustento ou da ajuda dos outros.

Versão neutra

Quem erra ao falar não ficará sem sustento.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que um deslize ao falar deve ser tratado com tolerância e não deve privar a pessoa do sustento ou da ajuda dos outros; pode ser usado de forma consoladora ou irónica.
  • Qual é a origem deste provérbio?
    A origem concreta não é conhecida; trata‑se de um ditado popular não documentado formalmente que circula em variantes regionais.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use‑o em contextos informais para desculpar um lapso de língua ou para atenuar a vergonha de quem cometeu um erro verbal. Evite‑o em situações onde o erro tem implicações formais ou legais.
  • O provérbio pode ser interpretado como incentivador de irresponsabilidade?
    Pode ser lido assim se tomado ao pé da letra; a leitura mais equilibrada entende‑o como chamada à compreensão, não como isenção de responsabilidade quando o erro exige reparação.

Notas de uso

  • Usa‑se sobretudo de forma consoladora ou justificativa quando alguém se engana ao falar.
  • Pode ter tom irónico, indicando que um gafe verbal acaba por atrair simpatia ou ajuda.
  • Não é um provérbio de uso corrente em todos os distritos; a compreensão e a frequência variam regionalmente.
  • Evita‑se em contextos formais ou legais, onde erros de linguagem podem ter consequências concretas.

Exemplos

  • Quando o comerciante se enganou ao anunciar o preço, os clientes riram e disseram: «Boca que erra, nunca pão lhe faleça», mostrando compreensão.
  • Ao admitir o lapso durante a reunião, ela ouviu do colega uma expressão de encorajamento: «Boca que erra, nunca pão lhe faleça», e prosseguiu sem se envergonhar.

Variações Sinónimos

  • Boca que erra, que não lhe falte pão.
  • Quem erra ao falar, merece perdão.

Relacionados

  • Errar é humano, perdoar é divino.
  • A necessidade não tem lei.

Contrapontos

  • Nem todos os erros verbais são inocentes; em contexto profissional ou jurídico podem ter consequências.
  • Dizer que um erro não deve prejudicar alguém não anula a necessidade de responsabilidade ou correção quando exigida.

Equivalentes

  • inglês
    To err is human (aproximação: reconhecimento da falibilidade humana e da necessidade de perdão).
  • espanhol
    Errar es humano (aproximação: similar aceitação dos lapsos humanos).
  • francês
    L'erreur est humaine (aproximação: admite a falibilidade humana e, por extensão, clemência).