Cachorro que não tem pulga, já teve, ou ainda vai ter.

A ideia de que ninguém está completamente isento de defeitos, problemas ou mácula: quem parece não os ter, já os teve ou terá.

Versão neutra

Quem não tem um problema agora, já teve um no passado ou terá no futuro.

Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em conversas informais para relativizar falhas e lembrar que todos têm problemas em algum momento. Serve para consolar ou ponderar críticas leves.
Posso usá‑lo para justificar comportamentos errados?
Não. O provérbio não deve servir de desculpa para atitudes prejudiciais ou ilegais; usar‑lo assim é inadequado e injusto para as vítimas.
Tem origem conhecida ou autor?
Não existe um autor identificado; trata‑se de um ditado popular transmitido oralmente na língua portuguesa e em variantes noutras línguas.
Qual é o tom habitual do provérbio?
O tom é geralmente resignado ou irónico; pode ser usado com humor para desdramatizar falhas.

Registo: coloquial e familiar; usado em conversas correntes.
Funciona como comentário resignado ou consolador sobre falhas humanas ou acontecimentos adversos.
Pode ser empregado para relativizar críticas a quem parece impecável, lembrando que todos erram.
Deve evitar‑se em contextos em que se tenta responsabilizar alguém por danos graves — usar o provérbio para justificar abusos é impróprio.
Tom irónico: é frequente ser citado com ironia para desvalorizar pretensas virtudes.

Quando os colegas elogiaram a apresentação perfeita, Maria sorriu e disse: «Cachorro que não tem pulga, já teve, ou ainda vai ter.»
Ao tentarem apontar um erro menor do vizinho, João lembrou: «Não critiques tanto; cachorro que não tem pulga, já teve, ou ainda vai ter.»

Usar o provérbio para desculpar comportamentos prejudiciais ou criminosos é inadequado.
Nem todas as situações são comparáveis; algumas pessoas vivem sem determinados problemas por circunstância ou privilégio.
Presumir culpa só porque alguém «já teve» ou «terá» problemas pode ser injusto; exige‑se avaliação caso a caso.