Cães grandes nunca se mordem

Cães grandes nunca se mordem.

Sugere que indivíduos ou grupos com poder ou influência evitam confrontos diretos entre si, por respeito mútuo ou por receio das consequências.

Versão neutra

Pessoas ou grupos de igual força costumam evitar confrontos directos entre si.

Quando se pode usar este provérbio?
Usa-se para comentar situações em que actores influentes evitam confrontos públicos, geralmente por interesses mútuos ou receio das consequências.
O provérbio é sempre verdadeiro?
Não. É uma observação geral e figurada: há muitos casos em que poderosos se enfrentam abertamente. O provérbio descreve uma tendência percebida, não uma regra.
Pode ser ofensivo ou problemático usá-lo?
Normalmente não é ofensivo, mas pode ser interpretado como justificativo de cumplicidade ou desigualdade. Usar com cuidado em contextos sensíveis.

Usado em contextos de relações de poder: política, empresas, famílias influentes.
Tom muitas vezes irónico ou justificativo — pode servir para explicar passividade ou acordos tácitos.
Registo popular/colloquial; funciona como observação social mais do que como regra ética.
Não deve ser tomado como lei universal: confrontos entre poderosos acontecem e podem ser graves.

Na cimeira, ninguém atacou o adversário publicamente — afinal, cães grandes nunca se mordem; todos têm interesses comuns a proteger.
Os dois departamentos competem por influência, mas evitam escândalos públicos; é o típico caso de 'cães grandes nunca se mordem'.

Conflitos entre líderes e grupos poderosos podem ser intensos e públicos (ex.: rachas políticos, guerras entre oligarquias).
A expressão pode desculpar cumplicidades ou desigualdades, normalizando a impunidade entre os poderosos.
Em situações de competição extrema, 'cães grandes' morder-se-ão para garantir liderança ou recursos.

inglês
Big dogs don't bite each other (literal); suggests powerful people avoid direct conflict.
espanhol
Perros grandes no se muerden (literal); usado com sentido parecido em contextos de poder.