Cão que lobos mata, lobos o matam.
Aquele que age com violência ou injustiça contra outros acaba por sofrer consequência semelhante; advertência contra a revanche e ciclos de violência.
Versão neutra
Quem mata lobos acabará por ser morto por lobos.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que quem pratica violência, injustiça ou tácticas desleais acaba por sofrer consequências semelhantes; é um aviso sobre o risco da retaliação e do ciclo de agressão. - Posso usar este provérbio para justificar vingança?
Não. O provérbio descreve uma observação sobre consequências, não é uma recomendação de vingança. Em contextos éticos ou legais, a resposta correcta é procurar justiça, não retribuição privada. - É um provérbio antigo ou moderno?
Trata‑se de um provérbio tradicional de origem popular na Península Ibérica, transmitido pela tradição oral ao longo de muitas gerações.
Notas de uso
- Usa‑se principalmente em sentido figurado, para alertar sobre as consequências de actos agressivos, ilícitos ou imorais.
- Não é uma justificação para vingança; funciona como observação sobre reciprocidade e risco de retaliação.
- A aplicação pode variar: política, social, laboral ou pessoal — em contextos onde uma estratégia agressiva se volta contra quem a iniciou.
- Não é um enunciado literal sobre animais; metaforiza o comportamento humano comparando-o ao de predadores.
Exemplos
- Na campanha eleitoral, José recorreu a ataques pessoais à oposição; quando surgiram provas contra ele, os colegas lembraram: 'Cão que lobos mata, lobos o matam.'
- A empresa tentou eliminar a concorrência com práticas desleais; meses depois foi processada por comportamentos semelhantes — um caso clássico de 'Cão que lobos mata, lobos o matam.'
- Depois de alguns funcionários terem sido demitidos de forma humilhante, a direção sofreu uma greve inesperada; muitos comentaram que isto era prova de que quem age mal acaba por sofrer as consequências.
Variações Sinónimos
- Quem com ferro mata, com ferro morre.
- El que a lobos mata, lobos le matan. (variação em castelhano)
- Quem semeia ventos, colhe tempestades. (relacionado: consequências de actos imprudentes)
Relacionados
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- Quem com ferro fere, com ferro será ferido
- A vingança nunca é boa conselheira (observação ética relacionada)
Contrapontos
- Nem sempre a justiça ou as consequências são imediatas; a ideia de retribuição automática nem sempre se verifica.
- Actos defensivos podem ser confundidos com agressão: a máxima não distingue entre agressores iniciais e legítima defesa.
- Em sociedades reguladas por leis, são os tribunais — e não a retaliação — que devem administrar a consequência dos actos ilícitos.
- A recuperação, reconciliação e reabilitação mostram que não é inevitável retornar o mesmo dano; existe alternativa à retaliação.
Equivalentes
- es
El que a lobos mata, lobos le matan. - en
He who lives by the sword, dies by the sword. - pt
Quem com ferro mata, com ferro morre.