Uma expressão desagradável ou carrancuda não define a pessoa nem a sua intenção; não se deve julgar alguém só pela aparência facial.
Versão neutra
Uma expressão desagradável não determina a personalidade ou o papel de uma pessoa.
Faqs
Em que situações se usa este provérbio? Usa-se quando se quer dissuadir alguém de reagir mal ou de tirar conclusões imediatas com base numa expressão facial — por exemplo, ao defender alguém que aparenta estar zangado, cansado ou concentrado.
Significa que nunca devemos confiar nas expressões das pessoas? Não; o provérbio alerta para o perigo de julgar apenas por uma expressão pontual. Em conjunto com outros sinais e comportamentos, as expressões podem ser informativas.
É um provérbio regional ou amplamente usado em português de Portugal? É de uso coloquial e mais comum em conversas informais. Não parece ter origem literária ou histórica bem documentada; é uma expressão popular.
Notas de uso
Usado informalmente para lembrar que as expressões faciais são temporárias e pouco fiáveis como julgamento de carácter.
Pode ser dito em defesa de alguém que está aborrecido, cansado ou concentrado, para evitar que os outros o tratem mal.
Registo coloquial; comum em conversas familiares ou entre amigos, menos usado em contextos formais.
Não implica que expressões não possam sinalizar emoções importantes; é antes um aviso contra julgamentos precipitados.
Exemplos
Não lhe respondas com grosseria só porque ele fez uma cara feia; cara feia não é uniforme.
Quando o chefe entrou com cara fechada, alguns já se prepararam para o pior, mas cara feia não é uniforme — estava só preocupado com prazos.
Ela fez uma cara feia ao ouvir a notícia, mas logo explicou que não era por mal; uma cara feia não é uniforme.
Variações Sinónimos
Aparência não é profissão
Cara feia não é cartão de visita
Não julgues pela cara
Olhar fechado não é identidade
Relacionados
Não julgues um livro pela capa
Aparências enganam
Cada cabeça, sua sentença
Contrapontos
Em alguns casos, as expressões faciais são sinais legítimos de alerta (por exemplo, raiva ou agressividade) e devem ser levadas em conta.
Não confundir o aviso contra julgamentos precipitados com a negação de comportamentos repetidos: se alguém age de forma hostil com regularidade, a expressão pode ser indicadora de atitude.
Em contextos profissionais (segurança, atendimento ao público), a expressão pode afetar a perceção e o desempenho, pelo que não é totalmente irrelevante.
Equivalentes
inglês Don't judge a book by its cover / Don't judge someone solely by their expression
espanhol No juzgues por las apariencias / Una mala cara no define a la persona
francês L'habit ne fait pas le moine (La mine ne fait pas la personne)