Carnaval na eira, Páscoa à lareira

Carnaval na eira, Páscoa à lareira.
 ... Carnaval na eira, Páscoa à lareira.

Alerta contra a improvidência: gastar ou festejar em excesso num momento e ficar sem recursos quando mais são necessários.

Versão neutra

Gastar muito no Carnaval pode deixar-nos sem recursos na Páscoa.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que quem gasta ou celebra em excesso num momento corre o risco de ficar sem recursos quando houver necessidade. É um aviso contra a improvidência.
  • De onde vem a expressão?
    Trata-se de um provérbio popular; não há origem documentada segura. Usa referências a festas religiosas/sazonais (Carnaval e Páscoa) para marcar momentos distintos no ano.
  • Quando é apropriado usá‑lo?
    Em contextos de aconselhamento sobre finanças pessoais, gestão de recursos, educação familiar ou para criticar escolhas que privilegiam o prazer imediato em detrimento da segurança futura.
  • É ofensivo dizer isto a alguém?
    Depende do tom: é um provérbio admonitório e pode ser interpretado como critica. Usado com tato, funciona como conselho; dito de forma acusatória pode magoar.

Notas de uso

  • Usa-se para censurar quem não poupa nem planifica para necessidades futuras.
  • Aplicável a finanças pessoais, gestão de colheitas, ou decisões de grupo (por exemplo, gastos comunitários fora de época).
  • Tonalidade admonitória; pode ser usada em contexto familiar ou popular para ensinar prudência.
  • Nem sempre implica culpa: pode também referir-se à simples consequência previsível de escolhas temporais (priorizar prazer imediato).

Exemplos

  • Depois de gastar o ordenado inteiro nas festas, ela ouviu do pai: «Carnaval na eira, Páscoa à lareira» — convém aprender a poupar.
  • Numa colheita fraca, o provérbio lembra aos agricultores que é melhor armazenar do que consumir tudo de imediato.

Variações Sinónimos

  • Quem gasta no Carnaval fica sem para a Páscoa.
  • Festa agora, necessidade depois.
  • Gasta-se o que há e não se pensa no que virá.

Relacionados

  • Depois da festa vem a conta.
  • Quem não guarda para a tempestade chora quando ela vem.

Contrapontos

  • Se alguém ganha continuamente (trabalhos sazonais, rendimentos recorrentes), gastar no Carnaval não significa necessariamente falta na Páscoa.
  • Para algumas famílias, a festa pode ser uma forma de investimento social ou cultural cujo retorno não se mede só em dinheiro.
  • Em situações de abundância imediata e previsível, a prudência avisada pelo provérbio pode ser vista como excesso de preocupação.

Equivalentes

  • inglês
    After the feast comes the famine (ou Feast today, famine tomorrow).
  • espanhol
    Los que derrochan en carnaval, lo lamentan en Semana Santa (variante popular).
  • francês
    Fête aujourd'hui, disette demain (equivalente conceptual).