Cego não come manteiga

Cego não come manteiga ... Cego não come manteiga

Quem não tem conhecimento, acesso ou participação sobre algo não tira partido ou benefício desse algo.

Versão neutra

Quem não tem conhecimento ou acesso não usufrui da vantagem.

Faqs

  • O provérbio é ofensivo?
    Pode ser considerado insensível ou estigmatizante se aplicado literalmente a pessoas com deficiência visual. Use com cautela e prefira reformulações neutras quando o contexto envolver grupos vulneráveis.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em contextos informais para comentar que alguém foi excluído de um benefício por falta de informação, convite ou acesso. Evite em contextos formais ou quando possa ferir pessoas.
  • Qual é a origem do provérbio?
    A origem concreta não é documentada. Trata‑se de um ditado popular de uso coloquial que recorre a uma metáfora simples para falar de exclusão e falta de aproveitamento.

Notas de uso

  • Uso coloquial para apontar que alguém ficou excluído de um benefício por falta de informação, convite ou acesso.
  • Registo informal; pode ser usado com humor em contextos familiares ou profissionais.
  • Pode ser entendido como pejorativo quando aplicado literalmente a pessoas com deficiência visual; cuidado com o tom.
  • Em contextos formais ou sensíveis, prefira fórmulas neutras que descrevam a exclusão ou falta de acesso.

Exemplos

  • Não estavas na reunião em que decidiram os bónus, por isso agora não podes exigir nada — cego não come manteiga.
  • A promoção só foi divulgada por e‑mail interno; quem não recebe a mensagem não beneficia — é um caso de cego não come manteiga.
  • Se não te inscreveste no curso, não podes aproveitar as aulas extra: quem não participa não colhe os frutos.

Variações Sinónimos

  • Quem não vê não come
  • Quem não é convidado, não come
  • Quem ignora não usufrui
  • Quem não participa, não beneficia

Relacionados

  • O que os olhos não vêem o coração não sente (variação relacionada sobre perceção e sentimento)
  • Quem não é visto não é lembrado (sobre exclusão por ausência)
  • Nem tudo o que reluz é ouro (diferença entre aparência e aproveitamento — uso distinto mas por vezes relacionado)

Contrapontos

  • Com inclusão e comunicação eficaz, mesmo quem não tinha acesso pode ser integrado — a afirmação deixa de se aplicar.
  • A expressão parte de uma metáfora que assume limitações; hoje em dia há meios (tecnologia, adaptações) para que a falta de visão não signifique exclusão.
  • Nem sempre a falta de participação implica perda de benefício: em alguns casos existem mecanismos compensatórios.

Equivalentes

  • inglês
    Out of sight, out of mind.
  • espanhol
    Ojos que no ven, corazón que no siente.
  • francês
    Loin des yeux, loin du cœur.
  • alemão
    Aus den Augen, aus dem Sinn.