Com um lobo não se mata outro.
Não se deve combater um mal com outro; a retaliação ou resposta injusta não justifica nem resolve a injustiça original.
Versão neutra
Não se resolve um mal com outro mal.
Faqs
- O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que não se deve responder a uma injustiça com outra injustiça; corrigir um erro através de outro erro não resolve o problema e não é justificável. - Quando é apropriado usar esta expressão?
Quando se quer criticar a vingança, a represália desproporcionada ou qualquer tentativa de 'corrigir' algo recorrendo a meios igualmente censuráveis. - É uma frase literal sobre lobos?
Não. É metafórica: o 'lobo' representa algo nocivo ou injusto. O provérbio denuncia a lógica da retaliação. - Há situações em que retaliar é aceitável?
A legítima defesa ou medidas legais proporcionais podem ser moralmente e juridicamente aceitáveis; o provérbio critica respostas injustas ou desproporcionadas, não a proteção legítima.
Notas de uso
- Usado para desaprovar vingança, represálias ou medidas injustas tomadas em nome de reparação.
- Tom predominantemente moral e aconselhador; aparece em contextos pessoais, familiares, profissionais e políticos.
- Registo: corrente na linguagem coloquial e também em textos de opinião ou pedagogia moral.
- Não é dito de forma literal (não se refere a animais), mas sim metafórica — “lobo” simboliza algo nocivo ou injusto.
Exemplos
- Quando a administração ameaçou despedir pessoas sem investigação, o representante disse: «Com um lobo não se mata outro» — não podemos combater abuso com abuso.
- Depois do cliente ter sido enganado, a equipa discutiu vingar-se publicando dados pessoais, mas o chefe respondeu: «Com um lobo não se mata outro» e optaram por seguir vias legais.
Variações Sinónimos
- Não se combate o mal com o mal
- Dois erros não fazem um acerto
- Não se mata fogo com fogo
- Não se resolve uma injustiça com outra injustiça
Relacionados
- Quem com ferro fere, com ferro será ferido
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- A vingança é um prato que se come frio (uso crítico)
Contrapontos
- Em situações de legítima defesa, uma resposta proporcional pode ser considerada necessária e moralmente aceitável.
- Algumas correntes argumentam que medidas duras contra abusadores podem prevenir mais danos, embora devam respeitar a lei.
- Na prática política ou jurídica, a repressão de um mal pode envolver ações firmes que, se bem reguladas, não constituem 'outro mal'.
Equivalentes
- inglês
Two wrongs don't make a right. - espanhol
Dos errores no hacen un acierto. - francês
Deux torts ne font pas un droit. - italiano
Due torti non fanno una ragione. - alemão
Zwei Unrechte machen kein Recht.