Comparar não é provar.
Apenas estabelecer semelhanças entre coisas ou casos não constitui prova de que algo é verdadeiro ou causal.
Versão neutra
A comparação por si só não constitui prova.
Faqs
- Quando devo aplicar este provérbio?
Quando encontrar semelhanças entre casos, dados ou objetos que possam levar a uma conclusão rápida; o provérbio lembra a necessidade de investigação complementar antes de aceitar uma hipótese como provada. - A comparação nunca é útil para provar algo?
Não necessariamente. A comparação é útil como ponto de partida para levantar hipóteses, mas, por si só, é insuficiente; prova exige evidência adicional, controlo de variáveis ou raciocínio lógico robusto. - Que cuidados práticos devo ter ao comparar?
Verificar se as condições são comparáveis, identificar variáveis ocultas, procurar confirmação independente (dados, testes, testemunhos) e evitar extrapolações além do que a comparação realmente suporta.
Notas de uso
- Usa‑se para lembrar que a comparação de elementos não basta para demonstrar uma afirmação; são necessários dados, testes ou raciocínio dedutivo que sustentem a conclusão.
- Aplicável em ciência (controle experimental), jornalismo (verificação de factos), direito (provas) e debates públicos para evitar generalizações precipitadas.
- Evita a falácia da falsa equivalência: duas coisas semelhantes em alguns aspetos podem diferir noutros cruciais.
- A comparação pode ser um ponto de partida útil, mas exige verificação adicional — testemunhos, medições, replicação ou argumentos lógicos.
Exemplos
- Ao comparar os relatórios das duas empresas, concluí que tinham práticas semelhantes, mas essa comparação não prova que ambas sejam igualmente rentáveis — é preciso analisar os números financeiros.
- Dois sintomas iguais em pacientes diferentes não provam a mesma doença; a comparação orienta a hipótese, mas são necessários exames para provar o diagnóstico.
- Ver duas fotografias parecidas não prova que sejam da mesma pessoa; é preciso confirmação por outros meios.
Variações Sinónimos
- Comparar não prova nada
- Comparar não equivale a provar
- Semelhança não é prova
- Comparação não substitui demonstração
Relacionados
- Correlação não implica causalidade
- Não confundas causa com efeito
- Julgamentos por aparência
- Ver para crer (expressão relacionada, mas com sentido oposto em contexto)
Contrapontos
- Ver para crer — sugere que a observação direta pode servir de prova, em oposição à ideia de que comparação isolada não basta.
- Prova por analogia — em alguns ramos do raciocínio (como no direito ou em engenharia), a analogia entre casos pode constituir um tipo de prova quando bem fundamentada.
Equivalentes
- Inglês
Comparison is not proof - Espanhol
Comparar no es probar - Francês
Comparer n'est pas prouver - Alemão
Vergleichen ist kein Beweis