Contas são que levam, e não panelas que quebram.
O que realmente importa são as contas/resultados económicos corretos, não os bens materiais danificados ou as aparências.
Versão neutra
O que importa são as contas que fecham, não as panelas que se quebram.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao discutir prioridades financeiras ou práticas, por exemplo em decisões de compras, orçamentos domésticos ou negociações onde o resultado económico é o fator decisivo. - O provérbio é ofensivo?
Geralmente não; é pragmático. Pode, porém, parecer insensível se usado perante perdas emocionais ou situações em que o valor material tem forte carga sentimental. - Tem uma origem conhecida?
Não há fonte conhecida claramente atribuída; é uma forma de sabedoria popular que sintetiza uma atitude prática perante finanças e bens materiais.
Notas de uso
- Usa‑se para enfatizar prioridade às finanças, ao equilíbrio ou à utilidade prática em detrimento de perdas materiais ou de símbolos de estatuto.
- Registo: popular e coloquial; pode ouvir‑se em contextos familiares, comerciais ou quando se discute despesas.
- Tom: prático, por vezes ligeiramente irónico — não é um insulto, mas pode soar insensível se aplicado a prejuízos pessoais significativos.
- Contexto de aplicação: decisões de compra, gestão doméstica, negociação de orçamentos, priorização de despesas.
- Evitar usar quando a questão central é emocional (ex.: luto) — aí o provérbio pode parecer insensível.
Exemplos
- Preferimos consertar a canalização e poupar depois: contas são que levam, e não panelas que quebram — o importante é equilibrar o orçamento.
- Quando discutimos o investimento, lembrámos‑nos: contas são que levam, e não panelas que quebram; tratemos primeiro do retorno financeiro.
Variações Sinónimos
- Contas é que contam, não panelas que se partem.
- O essencial são as contas que batem, não o loiço que se quebra.
- São as contas que valem, não as panelas partidas.
Relacionados
- Boas contas fazem bons amigos.
- Quem paga, manda. (dito popular relacionado a poder económico)
- Olhos que não veem, coração que não sente. (contraponto emocional)
Contrapontos
- Nem tudo se mede em dinheiro — há valores e afetos que não têm preço.
- Alguns perdas materiais têm significado sentimental que as contas não cobrem.
- Priorizar apenas as contas pode levar a decisões frias que desconsideram o bem‑estar humano.
Equivalentes
- en
Literal: 'It's the accounts that count, not the pots that break.' Equivalente idiomático: 'It's the bottom line that matters, not the broken pots.' - es
Literal: 'Las cuentas son las que importan, no las cazuelas que se rompen.' Equivalente aproximado: 'Lo que cuenta es el balance, no las cosas rotas.'