Da má companhia, guarda-te de ser autor ou parte.
Afastar‑se de más companhias para não se tornar responsável ou cúmplice por ações reprováveis.
Versão neutra
Mantém‑te longe de más companhias para evitar tornarte autor ou cúmplice.
Faqs
- O que quer dizer exactamente este provérbio?
Significa que a proximidade com pessoas de conduta reprovável aumenta o risco de se participar ou ser responsabilizado por ações erradas; aconselha prudência nas associações. - Pode ser usado em contextos legais?
É um aviso moral; em contexto legal, a mera associação não substitui provas de autoria ou cumplicidade, embora a companhia possa ser considerada como elemento de circunstância. - É sempre correto afastar‑se de quem tem comportamentos errados?
Nem sempre. Em alguns casos, manter contacto pode permitir apoiar ou persuadir a pessoa a mudar. O provérbio sublinha risco e cautela, não uma regra absoluta.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir alguém sobre os riscos morais e práticos de se associar a pessoas de conduta duvidosa.
- Aplica‑se tanto a situações cotidianas (amizades, colegas) como a contextos profissionais e legais.
- Não implica necessariamente culpa automática: sublinha uma relação de risco por proximidade e influência.
- Tomar a expressão literalmente em processos legais pode ser impreciso — a prova de autoria ou cumplicidade requer investigação.
Exemplos
- Quando soube que o grupo planeava fraudar clientes, o gerente lembrou: 'Da má companhia, guarda‑te de ser autor ou parte' e afastou‑se imediatamente.
- Um pai advertiu o filho sobre certos colegas: 'Não só pela tua reputação, mas também para que não sejas envolvido em más ações — da má companhia guarda‑te de ser autor ou parte.'
- Numa reunião de equipa, foi usado o provérbio para justificar a suspensão temporária de um membro acusado de má conduta, até haver investigação.
Variações Sinónimos
- Ata bem quem contigo anda (variação popular em construções afins).
- Diz‑me com quem andas, dir‑te‑ei quem és (sentido próximo de avaliação por associação).
- Afastai-vos dos exemplos ruins (formulação mais direta).
- Não te associes a más companhias.
Relacionados
- Diz‑me com quem andas e dir‑te‑ei quem és.
- Quem com lobos anda, a uivar se aprende (variação sobre influência social).
- Mais vale só do que mal acompanhado.
Contrapontos
- A associação a alguém não prova automaticamente autoria ou cumplicidade; cada caso exige avaliação das ações concretas.
- Há situações em que manter contacto pode permitir influenciar positivamente alguém, pelo que o afastamento nem sempre é a única resposta.
- O provérbio pode ser interpretado de forma estigmatizante se usado para condenar sem conhecer factos.
Equivalentes
- Inglês
Keep away from bad company, lest you become an author or accessory. - Espanhol
Guárdate de la mala compañía para no ser autor ni cómplice. - Latim (tradução livre)
A mala societate procul esto, ne auctor aut particeps fias.