Dá o pai ao filho que nada merece; nunca o filho dá ao pai sem interesse.
Critica a tendência de os pais beneficiarem filhos mesmo sem mérito e a ideia de que os filhos raramente retribuem sem esperar algo em troca.
Versão neutra
Muitos pais apoiam filhos que não demonstram merecimento; nem sempre os filhos retribuem sem interesse próprio.
Faqs
- Este provérbio é uma regra universal?
Não. É uma generalização moral típica da sabedoria popular que denuncia comportamentos observados em certos contextos, mas não descreve todos os casos individuais. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer criticar favoritismo, nepotismo ou falta de gratidão filial — em conversas informais, comentários sociais ou advertências familiares. - Pode ser considerado ofensivo?
Sim. Pode ferir familiares ou acusar injustamente filhos e pais. Deve ser usado com cuidado, preferivelmente como reflexão crítica e não como ataque pessoal. - Reflete uma visão antiquada?
Em parte. O provérbio emerge de estruturas familiares tradicionais e pode não mapear com precisão relações contemporâneas ou culturas diferentes.
Notas de uso
- Usa‑se para censurar favoritismos parentais, filhos ingratos ou relações familiares com troca de favores condicionada.
- Tem tom generalizador e crítico; funciona como advertência social, não como descrição universal de comportamentos.
- Aparece sobretudo em discursos que condenam a distribuição de privilégios por laços familiares (nepotismo) ou a falta de gratidão filial.
Exemplos
- O empresário contratou o filho para um lugar que não merecia; no almoço, alguém lembrou: “Dá o pai ao filho que nada merece; nunca o filho dá ao pai sem interesse.”
- A família criticou o herdeiro que vendeu a casa herdada sem consultar os pais — a avó murmurou que o provérbio se confirmava: “Ele só dá atenção quando lhe convém.”
- Quando Ana pagou com o próprio dinheiro as dívidas do irmão e este não a ajudou quando ela precisou, ela comentou que o ditado resume bem a situação.
Variações Sinónimos
- Pai dá, filho pede
- Os pais perdoam e alimentam; os filhos esperam recompensas
- Filho sem interesse, pai com piedade
Relacionados
- Ingratidão é feia
- Mais vale um mau acordo que uma boa demanda
- Quem não deve, não teme
Contrapontos
- Nem todos os filhos agem por interesse; muitos retribuem com cuidado e sacrifício.
- Há contextos culturais e económicos em que a ajuda parental é necessária e não indica favoritismo nem cria ingratidão.
- Lei e ética moderna também regulam heranças e deveres familiares, tornando a generalização menos aplicável.
Equivalentes
- Português (variação)
Pai dá ao filho que não merece; filho dá pouco sem interesse. - Inglês (tradução literal)
The father gives to the son who deserves nothing; the son never gives to the father without interest. - Espanhol (tradução literal)
El padre da al hijo que no lo merece; el hijo nunca da al padre sin interés. - Francês (tradução literal)
Le père donne au fils qui ne le mérite pas; le fils ne donne jamais au père sans intérêt.