De tens a queres o terço perdes.
Adverte que, ao trocar o que já se possui pelo que se deseja, corre‑se o risco de perder uma parte ou ficar pior; recomenda prudência ao ambicionar mais.
Versão neutra
Ao trocar o que tens pelo que queres, arriscas‑te a perder parte do que tens.
Faqs
- O que significa exactamente 'terço' neste provérbio?
‘Terço’ é figurativo e refere‑se a uma perda apreciável durante a transição entre o que se tem e o que se quer. Não é uma medida literal, mas um aviso sobre risco. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se aconselha cautela antes de abandonar algo seguro em favor de algo incerto — por exemplo, numa venda, investimento ou mudança de emprego sem garantias. - É sempre sensato seguir este conselho?
Não necessariamente. O provérbio enfatiza prudência, mas decisões racionais com avaliação de riscos podem justificar trocar o seguro pelo potencial de ganho.
Notas de uso
- Usa‑se para aconselhar cautela antes de abandonar uma situação segura em busca de algo melhor, especialmente em contexto económico ou de negócios.
- Frequentemente invocado em discussões sobre trocas, investimentos arriscados ou decisões impulsivas que podem resultar em perda.
- O termo 'terço' é figurativo — não indica sempre exactamente um terço, mas uma perda significativa durante a transição.
Exemplos
- O Pedro quis trocar o carro já pago por outro mais caro e acabou por perder dinheiro — aqui aplica‑se bem 'De tens a queres o terço perdes'.
- Quando vendes a tua casa antes de teres a nova assegurada, corres o risco de ficar sem casa; convém lembrar‑se do provérbio.
- Na negociação, se largares uma proposta segura à espera de melhor, podes ficar sem nada; por isso muitos dizem para pensar duas vezes.
Variações Sinónimos
- Do que tens ao que queres perdes um terço.
- Mais vale o que tens do que o que puderes querer.
- Quem muito quer, pouco tem (parcialmente relacionado).
Relacionados
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
- Quem tudo quer, tudo perde
- Não vendas a pele do urso antes de o matar (aconselha prudência)
Contrapontos
- Nem sempre evitar risco é o melhor — assumir riscos calculados pode trazer ganhos superiores ao que se tinha.
- Em alguns casos, trocar o que se tem por algo melhor é necessário para progresso pessoal ou profissional.
- O provérbio exagera a perda (o 'terço' é metafórico); cada situação deve ser avaliada em função de probabilidades e compensações.
Equivalentes
- pt-PT
Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar. - en
A bird in the hand is worth two in the bush. - es
Más vale pájaro en mano que ciento volando. - fr
Un tiens vaut mieux que deux tu l'auras.