Sugere que a choradeira de uma mulher tem poder de comover e levar à concessão do perdão; expressa uma ideia emocional sobre empatia e reconciliação, com dimensão cultural e de género.
Versão neutra
Uma lágrima pode suscitar perdão.
Faqs
Qual é a ideia principal deste provérbio? Que o choro feminino costuma provocar compaixão e levar alguém a perdoar; é uma observação sobre emoções e reconciliação, com carga cultural.
Este provérbio é antigo? Tem origem conhecida? Não há origem escrita única conhecida; trata‑se de um provérbio de tradição oral que aparece em contextos populares e literários.
É aceitável usar este provérbio hoje em dia? Depende do contexto: pode ser usado de forma literária ou irónica, mas convém evitar reforçar estereótipos de género em contextos sensíveis.
Significa que o choro garante sempre perdão? Não. O provérbio generaliza uma tendência emocional, mas perdão implica julgamento moral, confiança e, muitas vezes, ações reparadoras.
Notas de uso
Uso mais frequente em registos coloquiais, literários ou musicais com tom sentimental.
Interpreta-se tanto literalmente (lágrimas que comovem alguém) como figuradamente (gestos de arrependimento que geram compaixão).
Contém um estereótipo de género — pressupõe que as lágrimas femininas têm especial efeito emocional — pelo que o seu uso moderno pode ser recebido como antiquado ou redutor.
Não deve ser tomado como regra universal: nem todas as lágrimas implicam sinceridade, nem o choro garante automaticamente perdão.
Exemplos
Quando ela pediu desculpa e não conteve as lágrimas, ele lembrou-se do provérbio: ‘De uma lágrima de mulher nasce o perdão’ e acabou por perdoá‑la.
Num discurso sobre reconciliação, o poeta usou a versão neutra: ‘Uma lágrima pode suscitar perdão’, para sublinhar o poder do arrependimento genuíno.
Variações Sinónimos
Das lágrimas de uma mulher nasce o perdão
Uma lágrima pode valer um pedido de perdão
Das lágrimas nasce compaixão (variante mais geral)
Relacionados
Perdoar é divino
Quem perdoa esquece
O choro amolece o coração
Contrapontos
Nem todas as lágrimas pedem ou merecem perdão — o arrependimento pode ser manipulação.
O perdão não se conquista apenas pelo choro; exige responsabilidade e mudança de comportamento.
Generalizar o efeito das lágrimas por género é redutor e pode perpetuar estereótipos.