Defeito que agrada o sultão, vira virtude.
Provérbios Árabes
Um defeito ou falha passa a ser considerado positivo quando agrada a quem detém o poder ou influência.
Versão neutra
Um defeito que agrada a quem manda é tratado como uma qualidade.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use‑o para criticar ou comentar situações em que o poder pessoal ou o favorecimento altera a avaliação de comportamentos ou decisões. - É ofensivo referir‑se a um ‘sultão’?
O termo é metafórico e tradicional; normalmente não pretende insultar grupos culturais, mas deve‑se ter cuidado em contextos sensíveis para evitar estereótipos. - Tem origem histórica concreta?
Não há fonte histórica comprovada; é um provérbio de uso popular que usa a imagem do sultão como símbolo de autoridade. - Pode ser usado em contextos formais?
Sim, sobretudo em textos de opinião ou crítica, desde que o tom irónico seja apropriado ao público.
Notas de uso
- Usa-se para criticar favoritismos, relativismo moral e decisões influenciadas por quem tem autoridade.
- Tom frequentemente irónico ou crítico; pode aparecer em conversas informais e em textos de opinião.
- Não descreve uma regra ética universal, antes uma observação social sobre como o poder altera julgamentos.
Exemplos
- O chefe começou a elogiar a criatividade do Carlos, apesar da falta de pontualidade — defeito que agrada o sultão, vira virtude.
- Na câmara municipal, a obra foi elogiada porque favorecia um deputado influente: defeito que agrada o sultão, vira virtude.
- Não vamos aceitar que se desculpem as falhas só porque agradam ao patrocinador; um defeito que agrada o sultão não se transforma automaticamente em virtude.
Variações Sinónimos
- O que agrada ao sultão torna‑se virtude.
- Ao poderoso perdoa‑se o defeito.
- A quem tem poder, tudo se desculpa.
- O que agrada ao patrão vira qualidade.
Relacionados
- Quem tem padrinho não morre pagão (sobre influência e favores).
- A beleza está nos olhos de quem vê (relativismo de juízos).
- O poder corrompe (tema do efeito do poder sobre normas).
Contrapontos
- O fato de algo agradar a um governante não o torna eticamente correto.
- Virtude real mede‑se por padrões constantes, não pela aprovação momentânea de uma autoridade.
- Decisões justas exigem critérios objetivos, não apenas simpatias pessoais.
Equivalentes
- Inglês
A fault that pleases the sultan becomes a virtue. (Literal) / What pleases the king is law. (Idiomático semelhante) - Espanhol
Defecto que agrada al sultán, se convierte en virtud. / Lo que agrada al rey, es ley. - Francês
Un défaut qui plaît au sultan devient vertu. / Ce qui plaît au roi devient vertu.