Depois da morte, o remédio.
Indica que a solução ou correção foi aplicada demasiado tarde, quando o prejuízo já ocorreu e a medida já não repara o dano.
Versão neutra
Tomar uma medida apenas depois de o dano estar consumado, quando já não há benefício significativo.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer sublinhar que uma medida foi tomada apenas após ocorrer um prejuízo significativo, sugerindo falha de prevenção ou atraso injustificado. - Tem conotação negativa?
Sim. Normalmente transmite crítica ou frustração por falta de ação preventiva; pode soar acusatório se dirigido a pessoas ou instituições. - Posso usar em contextos formais, como relatórios?
Em relatórios formais é preferível descrever os factos e as consequências de forma clara e objetiva em vez de recorrer ao provérbio, que é idiomático.
Notas de uso
- Usa-se para criticar ações tomadas só depois de um problema grave ter acontecido.
- Emprega-se em contexto coloquial e jornalístico; pode ter tom irónico ou condenatório.
- Não descreve uma solução inútil em todos os casos — realça sobretudo a falta de prevenção ou de timeliness.
- Em registos formais, é preferível explicar factos em vez de usar o provérbio diretamente.
Exemplos
- Quando a empresa reforçou a segurança informática só depois do grande ataque, foi o típico 'depois da morte, o remédio'.
- A lei foi alterada apenas após o desabamento; os críticos disseram que era 'depois da morte, o remédio' para as vítimas.
- Apanharam o fogo quando já tinha consumido metade da floresta — as medidas de prevenção vieram tarde, depois da morte, o remédio.
Variações Sinónimos
- Remédio depois da morte
- A remediar-se depois do prejuízo
- A toro passado (expressão equivalente em espanhol usada em português informal)
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- Chorar sobre o leite derramado
- A tempo e horas
- Quem espera, desespera
Contrapontos
- Aplicar uma correção tarde pode ainda minimizar danos posteriores, por isso nem sempre é inteiramente inútil.
- O provérbio critica a demora, mas não distingue entre causas lícitas de atraso (imprevisibilidade) e negligência.
- Enfatiza consequência em vez de proposta de melhoria — convém combinar com recomendações práticas de prevenção.
Equivalentes
- Inglês
Too little, too late. - Espanhol
A toro pasado. - Francês
Après coup / Trop tard. - Português (variante)
Remédio depois da morte.