Deus não queira nas minhas colmeias abelha que não coma mel
Deus não queira nas minhas colmeias abelha que não coma mel.
Desejo de não ter, entre os que beneficiam dos mesmos recursos, pessoas que não aproveitam nem contribuem; aversão a quem vive à custa dos outros.
Versão neutra
Oxalá não haja, entre os que usufruem dos meus bens, quem não aproveite os seus benefícios.
Faqs
O que significa este provérbio? É uma expressão de desejo para que entre os beneficiários de algo não haja quem não aproveite nem contribua — uma rejeição de aproveitadores ou parasitas.
Quando posso usar essa frase? Em contextos informais para censurar quem vive à custa dos outros ou lamentar a falta de participação. Evite em situações de sensibilidade social ou quando a exclusão possa ferir alguém.
A origem religiosa da frase é clara? A invocação de 'Deus não queira' é fórmula idiomática de desejo ou prenúncio; não há registo concreto de origem religiosa específica, mais provável uso popular e rural.
Pode ser ofensivo? Sim — dependendo do tom e do destinatário pode ser percebido como acusação ou desvalorizar pessoas em situação de dependência. Use com cuidado.
Notas de uso
Expressão de caráter tradicional e rural, recorrente em contextos agrícolas e familiares.
Usa-se em tom protector — o falante afirma não querer 'parasitas' ou aproveitadores entre os seus.
Pode servir tanto para excluir quem não colabora como para lamentar falta de aproveitamento por parte de terceiros.
Tom e recepção variam: pode soar jocoso, avisador ou severo, dependendo do contexto.
Exemplos
Depois de ver tanta gente a aproveitar-se das refeições da família sem ajudar, o tio disse: «Deus não queira nas minhas colmeias abelha que não coma mel».
Na reunião de condomínio, a presidente avisou: «Não quero no prédio quem só reclame e não participe — Deus não queira nas minhas colmeias abelha que não coma mel».
Quando contratámos estagiários que nunca colaboravam, alguém comentou ironicamente: «Aqui não precisamos de abelhas que não comam mel».
Variações Sinónimos
Não quero nas minhas colmeias abelhas que não comam mel.
Que nas minhas colmeias não haja abelhas que não comam mel.
Não quero parasitas na minha colmeia.
Não quero aproveitadores entre os meus.
Relacionados
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Cada macaco no seu galho.
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Contrapontos
A expressão pode ser lida como excludente: nem sempre quem não usufrui contribui menos; há situações de incapacidade ou necessidade.
Valores modernos apontam para partilha e solidariedade — pode ser preferível identificar causas da falta de participação antes de excluir.
Usada de forma radical, pode legitimar exploração: proprietários refusando apoio a quem depende deles.
Equivalentes
Inglês "May there be no bees in my hives that do not eat honey" — equivalente idiomático: "I don't want freeloaders in my house."
Espanhol "Dios no quiera en mis colmenas abeja que no coma miel" — uso literal; similar a "no quiero garrapatas en mi casa" (coloquial).
Francês "Dieu me garde d'avoir, dans mes ruches, des abeilles qui ne mangent pas de miel" — sentido: pas de profiteurs chez moi.
Alemão "Gott bewahre vor Bienen in meinem Bienenstock, die keinen Honig essen" — transmite a ideia de não querer parasitas ou aproveitadores.