Dinheiro não conhece dono

Diz que o dinheiro muda de mãos facilmente e influencia comportamentos; é impessoal e não garante lealdade.

Versão neutra

O dinheiro não tem dono.

O que significa exatamente este provérbio?
Significa que o dinheiro circula e pode alterar atitudes e lealdades; sugere impessoalidade e a facilidade com que bens materiais mudam de dono.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao comentar situações em que o dinheiro influencia decisões, em casos de corrupção, disputas por bens ou quando se quer uma observação cínica sobre a natureza da riqueza.
É ofensivo ou politicamente incorrecto dizer isto?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode soar cínico ou acusatório se usado para justificar comportamentos antiéticos. Use com cuidado e contexto.
Tem origem conhecida?
A origem exacta não é conhecida; trata‑se de uma observação popular difundida oralmente em várias línguas e culturas.
Este provérbio justifica actos ilegais?
Não. É uma constatação cultural sobre atitudes humanas, não um argumento válido para legitimar roubos, corrupção ou outras ilegalidades.

Usa‑se em registo coloquial e proverbial para comentar situações de troca de influência, corrupção, furtos ou inconstância material.
Pode expressar tanto a ideia de que o dinheiro corrompe quanto a de que ninguém é dono absoluto da riqueza.
Tomar o provérbio ao pé da letra pode ocultar nuances legais e éticas sobre propriedade e responsabilidade.
Evita‑lo como justificação para atos ilegais; serve mais como observação crítica sobre inclinações humanas e dinâmicas sociais.

Quando apareceu a propina, muitos mudaram de posição — dinheiro não conhece dono.
Na herança, cada um tentou ficar com o melhor; dinheiro não conhece dono, disse a tia resignada.
O político prometia princípios, mas perante o financiamento privado esqueceu‑se deles; afinal, dinheiro não conhece dono.

O dinheiro tem dono — a propriedade é definida por leis e contratos.
Ter dinheiro traz responsabilidades e obrigações morais, não impunidade.
A ideia de impessoalidade do dinheiro não explica desigualdades estruturais nem justifica abusos.