Ditosa a casa em que só um gasta.
Expressa que é preferível, do ponto de vista da ordem ou da economia doméstica, que apenas uma pessoa da casa faça despesas supérfluas ou controle os gastos.
Versão neutra
Feliz é a casa em que apenas uma pessoa gasta.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que é desejável — do ponto de vista da ordem ou da economia — que só uma pessoa na casa faça ou controle as despesas, reduzindo desperdício ou conflito. - Este provérbio é antiquado ou problemático hoje em dia?
Pode ser visto como antiquado porque pressupõe papéis fixos nas finanças domésticas. Hoje valoriza‑se mais a partilha e a transparência financeira entre os membros do agregado. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em conversas sobre prática de poupança, disciplina orçamental ou quando se comenta, com sentido literal ou irónico, quem toma as decisões sobre despesas numa casa. - Deve ser interpretado literalmente?
Nem sempre. Pode ser literal (relativo a quem gasta) ou figurado (referindo‑se ao controlo das despesas). O tom pode variar de elogio a crítica irónica.
Notas de uso
- Usa‑se em contexto de gestão financeira doméstica para elogiar a disciplina ou a ordem nas despesas.
- Pode ter tom irónico quando se critica a concentração de poder financeiro numa só pessoa.
- Reflete uma visão tradicional sobre papéis na família — hoje pode ser considerado antiquado ou limitador.
- É aplicado tanto a situações em que só uma pessoa é gastadora como a situações em que só uma pessoa gere o orçamento.
Exemplos
- Depois de fazerem um orçamento conjunto, a família comentava: «Ditosa a casa em que só um gasta», porque agora as despesas estão controladas.
- Quando o casal decidiu que só um cuidaria das compras mensais para evitar despesas desnecessárias, os vizinhos brincaram: «Ditosa a casa em que só um gasta.»
Variações Sinónimos
- Feliz a casa onde só um gasta.
- Bem‑aventurada a casa em que só um gasta.
- Pode ser parafraseado como: «É melhor que só um cuide dos gastos.»
Relacionados
- gestão do orçamento doméstico
- papéis tradicionais de género nas finanças
- poupança versus consumo
- concentração de poder financeiro numa família
Contrapontos
- Concentrar todos os gastos e decisões financeiras numa só pessoa pode sobrecarregar‑a e reduzir transparência na família.
- Na prática moderna, partilhar responsabilidades financeiras tende a promover igualdade e responsabilidade mútua.
- Se a expressão elogia a contenção de gastos, isso não justifica uniões financeiras sem diálogo ou controlo conjunto.
Equivalentes
- inglês
Blessed is the house where only one person spends. - espanhol
Dichosa la casa donde sólo uno gasta. - francês
Heureuse la maison où une seule personne dépense. - alemão
Gesegnet ist das Haus, in dem nur einer ausgibt.