 Do pouco, pouco, e do muito, nada.
		
		Do pouco, pouco, e do muito, nada.
					Indica que, em certas situações, quem se contenta ou pede pouco só recebe pouco; e quem exige demais corre o risco de nada obter.
Versão neutra
Quem pede pouco recebe pouco; quem pede muito recebe nada.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
 Expressa a ideia de que um pedido ou investimento pequeno tende a gerar pouco retorno, enquanto exigir ou pedir demasiado pode resultar em nenhum acordo ou benefício.
- Quando devo usar este provérbio?
 Use‑o ao comentar negociações, expectativas e resultados desproporcionados — por exemplo, ao aconselhar alguém sobre a moderação nas exigências ou sobre o risco de perder tudo ao querer demasiado.
- É um conselho universal aplicar este provérbio?
 Não. Trata‑se de uma regra empírica e sociocultural; em certos contextos (investimento calculado, ambição estratégica) pedir ou arriscar mais pode ser apropriado. Convém avaliar o contexto antes de aplicá‑lo.
Notas de uso
- Usa‑se para comentar resultados desproporcionados face ao esforço, pedido ou investimento.
- Pode funcionar como advertência em negociações: pedir demasiado pode levar à rejeição, pedir pouco traz ganhos limitados.
- Por vezes é usado para justificar contenção ou parcimónia, mas o provérbio não prescreve uma regra universal — o contexto importa.
- Em discurso coloquial pode ter tom moralista ou crítico quando se refere a ambição excessiva ou avareza.
Exemplos
- Na negociação do contrato, sugeriste uma quantia muito baixa e obtiveste apenas pequenas melhorias — do pouco, pouco, e do muito, nada.
- Se fores demasiado exigente com o fornecedor, corres o risco de ficar sem acordo; lembra‑te do ditado: do pouco, pouco, e do muito, nada.
- Ela esperava grandes recompensas por um esforço mínimo; acabou por receber quase nada — um lembrete prático do provérbio.
Variações Sinónimos
- De pouco, pouco; de muito, nada.
- Quem pede pouco recebe pouco; quem pede muito, nada recebe.
- Quem tudo quer, nada ganha (variação de sentido relacionada).
Relacionados
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Mais vale pouco e certo do que muito e incerto.
- Nem tudo o que muito reluz é ouro (contrasta com expectativas exageradas).
Contrapontos
- Interpretado literalmente, pode justificar a avareza ou a falta de ambição; nem sempre é sensato reduzir as exigências para obter algo.
- Em alguns contextos (investimento, carreira), pedir ou assumir riscos maiores pode trazer retornos proporcionais; o provérbio simplifica essa relação.
- Uso moralizante pode ocultar desigualdades estruturais: nem sempre quem recebe pouco o faz por pedir pouco.
Equivalentes
- espanhol
 De poco, poco; de mucho, nada.
- inglês (paráfrase)
 Ask little and you get little; ask too much and you get nothing.
- francês (aproximação)
 De peu, peu; de beaucoup, rien (paraphrase).