É da proibição que nasce a tentação

É da proibição que nasce a tentação.

Afirmar que a proibição de algo tende a torná‑lo mais desejável ou atraente para as pessoas.

Versão neutra

A proibição pode aumentar a atracção pelo proibido.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que a imposição de uma proibição pode tornar aquilo que é proibido mais desejável, por razões psicológicas (reactância) ou sociais (curiosidade, prestígio).
É sempre verdadeiro que proibir aumenta a tentação?
Não necessariamente. A proibição pode reduzir a prática quando existe fiscalização, dificuldade de acesso ou quando é acompanhada de educação e motivação para respeitar a norma. O provérbio descreve uma tendência, não uma lei universal.
Como usar este provérbio de forma adequada?
Use‑o para comentar consequências inesperadas de regras rígidas ou para justificar uma abordagem menos repressiva e mais explicativa em situações educativas, familiares ou sociais.

Usa‑se para explicar reacções humanas à privação ou à proibição, sobretudo em contextos morais, sociais e educativos.
Não é uma regra absoluta: descreve uma tendência observada, influenciada por factores culturais e individuais.
Registo: coloquial/proverbial. Serve em remarcas, advertências e comentários analíticos.
Ao empregar, é útil distinguir entre proibições que limitam acesso (efeito prático) e proibições que geram reactância psicológica (efeito desejabilidade).

Quando a escola baniu completamente os telemóveis, muitos alunos passaram a esforçar‑se para os esconder — é da proibição que nasce a tentação.
A campanha de censura sobre o livro tornou‑o objeto de curiosidade; a frase 'é da proibição que nasce a tentação' explica bem esse fenómeno.
Os pais devem avaliar se uma regra rígida sobre doces não vai, nalguns casos, tornar os doces ainda mais apetecíveis para a criança.

O fruto proibido é o mais apetecido.
Quem proíbe demais, provoca o contrário do pretendido.
A curiosidade mata o gato. (relacionado pelo efeito de atracção pelo desconhecido)

Proibição também pode dissuadir: leis e normas reduzem a ocorrência de comportamentos indesejáveis quando combinadas com fiscalização e educação.
Acesso e conseqüências reais importam: se algo é proibido e difícil de obter, a tentação pode não se traduzir em acção.
Abordagens pedagógicas e explicativas frequentemente reduzem a reactância melhor do que proibições estritas.