El-rei vai aonde pode, e não aonde quer.
O poder e as acções de alguém (especialmente um governante) são condicionados pelas possibilidades reais, não apenas pelos desejos.
Versão neutra
O rei vai onde pode, e não onde quer.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para salientar que decisões ou acções estão condicionadas por limitações práticas — políticas, legais, financeiras ou logísticas — e não apenas por intenções. - É ofensivo falar de 'rei' hoje em dia?
A referência a 'rei' é tradicional e figurativa. A expressão não é inerentemente ofensiva; se preferir evitar termos monárquicos, use a versão neutra ('Quem manda...'). - O provérbio implica resignação?
Em geral transmite realismo; pode ser usado tanto de forma resignada como explicativa. Depende do contexto e do tom do falante. - Há registo histórico conhecido deste dizer?
Não existe atribuição clara a um autor ou obra específica; trata‑se de sabedoria popular com forma antiga que indica longa circulação oral e escrita.
Notas de uso
- Expressa um realismo político e social: mesmo quem tem autoridade encontra limites práticos.
- Uso frequente para justificar decisões pragmáticas ou acções condicionadas por circunstâncias.
- Forma 'El-rei' é arcaica; em registo moderno prefira 'O rei' ou use uma forma generalizada ('Quem manda...').
- Pode aplicar-se fora do contexto monárquico: empresas, famílias ou indivíduos perante restrições materiais ou legais.
Exemplos
- Quando o presidente tentou implementar a reforma, lembrou-se: 'El-rei vai aonde pode, e não aonde quer', porque o Parlamento impôs limites.
- Queria abrir um novo negócio, mas o financiamento não apareceu — como se diz, 'o rei vai aonde pode, e não aonde quer'.
- Na reunião da empresa, o director referiu que as decisões terão de seguir o orçamento: 'vamos onde podemos, não onde queremos'.
Variações Sinónimos
- O rei vai onde pode, não onde quer.
- Quem manda vai onde pode, não onde quer.
- Vai-se onde se pode, não onde se quer.
- Quem tem poder também tem limites.
Relacionados
- Onde manda capitão não manda marinheiro.
- Quem quer, pode. (contraponto optimista)
- Quem não tem pão, não tem razão. (limitação por recursos)
Contrapontos
- Quem quer, pode. — enfatiza a eficácia da vontade individual.
- A vontade move montanhas. — ideia de que o desejo pode superar obstáculos.
- A necessidade aguça o engenho. — sugere que limites podem ser vencidos com criatividade.
Equivalentes
- Inglês
The king goes where he can, not where he wants. - Espanhol
El rey va adonde puede, no adonde quiere. - Francês
Le roi va où il peut, pas où il veut.