Aonde há duas vontades, não pode haver união.
Quando duas pessoas ou partes insistem cada uma na sua vontade, torna‑se difícil ou impossível alcançar união ou acordo.
Versão neutra
Quando duas pessoas querem coisas diferentes, não há união.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa‑se ao alertar para a necessidade de compromisso, decisão clara ou liderança quando duas partes insistem em soluções opostas e a cooperação fica comprometida. - O provérbio condena sempre opiniões divergentes?
Não; aponta apenas a consequência de duas vontades conflitantes sem mediação. Opiniões diferentes são úteis se houver diálogo, regras ou processo de decisão. - Existe uma forma moderna de aplicar este princípio?
Sim: estabelecer mecanismos de decisão (votação, delegação, mediação) e promover a cultura do compromisso para transformar divergência em consenso operativo.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir sobre a necessidade de compromisso ou liderança clara quando há opiniões divergentes.
- Adequado em contextos de decisão coletiva (família, equipa, órgão deliberativo) ou relações pessoais (casamento, parceria).
- Tom sério e cauteloso: serve mais como aviso do que como acusação; pode ser percebido como conservador em contextos que valorizam pluralidade.
- Não implica que diferenças sejam sempre negativas — enfatiza a ausência de acordo quando não há negociação nem hierarquia definida.
Exemplos
- Na reunião da direção, cada director imposto a sua solução; a equipa lembrou‑lhes: 'Aonde há duas vontades, não pode haver união' — era preciso escolher um caminho ou mediá‑lo.
- No casamento, quando ambos insistem em ter sempre razão, surge tensão: a expressão 'Aonde há duas vontades, não pode haver união' resume bem a situação e aponta para a necessidade de compromisso.
- Numa associação, duas facções queriam liderar o projecto sem ceder: o resultado foi a paralisação das iniciativas — exemplo prático do provérbio.
Variações Sinónimos
- Onde há dois chefes, não há concerto.
- Muitos cozinheiros estragam a sopa (sentido semelhante quando há excesso de direcções).
- Onde impera a divergência de vontades, falta a união.
Relacionados
- A união faz a força.
- Muitos cozinheiros estragam o caldo.
- Quem muito quer, pouco alcança (no sentido de excesso de desejos contraproducentes).
Contrapontos
- Vontades diferentes podem conduzir a melhores soluções através do diálogo e da negociação.
- A diversidade de opiniões, quando bem gerida, enriquece decisões e evita o conformismo.
- Em vez de evitar duas vontades, pode ser útil recorrer a mediação, regras claras ou um processo de tomada de decisão que integre posições distintas.
Equivalentes
- inglês
Where there are two wills, there can be no unity. (Similar idea: 'Too many cooks spoil the broth' — múltiplos decisores causam confusão.) - espanhol
Donde hay dos voluntades, no puede haber unión. - francês
Là où il y a deux volontés, il ne peut y avoir d'union. - alemão
Wo zwei Willen sind, kann keine Einigkeit sein.