Em pombal caído, por demais é deitar trigo.
É inútil ou desperdício fornecer recursos a algo que já está arruinado ou perdido.
Versão neutra
Não vale a pena dar recursos a algo que já está irremediavelmente arruinado.
Faqs
- Quando devo usar este provérbio?
Use-o para alertar contra o desperdício de recursos em projetos, investimentos ou situações aparentemente sem hipótese de recuperação. Evite aplicá-lo de forma insensível a pessoas vulneráveis. - Significa que nunca devemos tentar recuperar algo perdido?
Não necessariamente. O provérbio sublinha a inutilidade frequente de investir em situações arruinadas, mas cada caso exige avaliação: às vezes a recuperação é possível e justificável. - É um provérbio regional ou muito usado?
É um provérbio de origem popular com imagem rural. Pode não ser tão corrente como alguns ditados mais curtos, mas é compreensível em contextos lusófonos.
Notas de uso
- Usa-se para advertir contra gastar tempo, dinheiro ou esforço em projetos ou casos que parecem irremediavelmente comprometidos.
- Emprega-se tanto em contextos financeiros e profissionais como em situações pessoais (relações, apoio social), mas pode soar duro se aplicado a pessoas.
- Tem tom proverbial e rural; pode não ser apropriado em contextos formais sem explicação.
- Não implica necessariamente falta de solidariedade: às vezes sublinha a necessidade de avaliar eficácia antes de investir mais recursos.
Exemplos
- Depois de a empresa ter perdido a maior parte da carteira de clientes, o director disse: «Em pombal caído, por demais é deitar trigo» e cortaram os investimentos.
- Quando a reforma já não tem hipóteses de resolver os danos, a comunidade concluiu que seria inútil insistir — como diz o provérbio, em pombal caído, por demais é deitar trigo.
Variações Sinónimos
- Não vale a pena deitar lenha a um fogo apagado.
- Não se deita dinheiro a um investimento perdido.
- É inútil insistir quando já está arruinado.
Relacionados
- Não se chora sobre o leite derramado
- Não vale a pena chorar sobre o que já passou
- Não se põe remédio onde já não há cura
Contrapontos
- Em algumas situações, investir em recuperação pode reverter a perda — o provérbio não considera casos em que a intervenção tardia ainda é eficaz.
- Do ponto de vista ético, ajudar alguém mesmo que a recuperação seja improvável pode ser moralmente justificável (solidariedade, obrigação social).
- O provérbio parte de uma avaliação prática; decisões concretas devem considerar custos, benefícios e valores, não apenas a aparente inutilidade.
Equivalentes
- inglês
Don't throw good money after bad. - inglês (variante)
It's no use repairing a ruined house with only a handful of brick. - espanhol
No sirve de nada poner trigo en un palomar caído. - francês
Il ne sert à rien de jeter du blé dans un colombier effondré.