Em povo seguro, não há mister muro.
Se a comunidade é honesta e coesa, não é preciso erguer defesas físicas ou muros de desconfiança.
Versão neutra
Quando as pessoas vivem com confiança e coesão, não é necessário erguer muros.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que a confiança, a justiça e a coesão social tornam desnecessárias barreiras físicas e atitudes de desconfiança entre as pessoas. - Em que contextos posso usar este provérbio?
Use‑o em debates sobre política social, segurança comunitária, urbanismo participativo ou qualquer situação em que se defenda a confiança mútua em vez de medidas de isolamento. - É aplicável em situações de risco real, como crime ou guerra?
Não necessariamente. O provérbio é uma norma moral e social; em situações de ameaça concreta, medidas de protecção podem ser legítimas e necessárias. - Tem origem histórica conhecida?
Não. É um refrão de sabedoria popular transmitido oralmente; a formulação exacta e a sua proveniência histórica permanecem incertas.
Notas de uso
- Usa‑se para defender a confiança mútua, a boa vizinhança e instituições justas como alternativa a medidas de isolamento.
- Registo: proverbial, literário e retórico — adequado em discursos sobre coesão social, políticas públicas e relações comunitárias.
- Não é uma regra absoluta: admite exceções práticas (ameaças externas, protecção da privacidade, riscos sanitários).
- Pode ser mobilizado quer em contextos locais (vizinhança, aldeia) quer em contextos políticos (segurança nacional, diplomacia).
Exemplos
- Num bairro onde os vizinhos se conhecem e confiam uns nos outros, aplicou‑se o princípio de que não é preciso muro entre casas — as relações servem de protecção social.
- O presidente argumentou que, em vez de gastar em barreiras, o Estado devia promover justiça e inclusão, porque 'em povo seguro, não há mister muro'.
- Ao planear um condomínio, os residentes preferiram investir em actividades comunitárias e vigilância participativa, lembrando que muros não substituem a confiança.
Variações Sinónimos
- Onde há povo seguro, faltam muros.
- Em boa vizinhança, não são precisos muros.
- Povo seguro dispensa barreiras.
Relacionados
- A boa vizinhança vale mais que um muro alto.
- Confiança e respeito mantêm a paz entre as casas.
- A comunidade coesa dispensa guardas.
Contrapontos
- Existem situações práticas que exigem barreiras ou controlos: defesa contra agressões, protecção de infra‑estruturas críticas ou medidas de saúde pública.
- Em sociedades marcadas por desigualdade ou crime organizado, apelar apenas à confiança pode ser insuficiente.
- A protecção da privacidade e propriedade também pode justificar muros ou cercas, sem implicar falta de confiança.
Equivalentes
- Inglês
In a secure people, walls are needless. - Espanhol
En pueblo seguro no hacen falta muros. - Latim (paráfrase)
Cum populus tutus est, murus supervacaneus est.