Muro bem alto, papel de gaiato.

Aparência impressionante ou defesa externa que contrasta com incompetência, futilidade ou falta de autoridade no interior.

Versão neutra

Muro alto, substância fraca.

O que significa 'papel de gaiato' nesta expressão?
'Papel de gaiato' sugere um papel frívolo ou sem autoridade — alguém que faz figura de parvo ou não assume responsabilidade séria. Na imagem do provérbio, contrasta com o 'muro bem alto' (a fachada).
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer criticar uma situação em que a aparência ou protecção exterior é notória, mas falta coerência, competência ou legitimidade por dentro — por exemplo, em empresas, políticas ou projectos.
O provérbio é ofensivo?
Tem cunho crítico e pode ser depreciativo se aplicado a pessoas; é adequado em registo informal. Em contextos formais é preferível usar linguagem mais neutra.

Tom crítico; usado para sublinhar que a aparência (física ou institucional) não garante substância ou competência.
Registo informal/coloquial — usado em conversas, crónicas e comentários políticos ou empresariais.
Pode dirigir-se a instituições, projectos, pessoas ou medidas: aplica-se sempre que a fachada é superior ao conteúdo.
Usar com cuidado: chamar alguém 'gaiato' tem conotação depreciativa e pode ser ofensivo em contextos formais.

A empresa tem um edifício impressionante, mas a sua contabilidade é caótica — muro bem alto, papel de gaiato.
Na campanha, prometeram soluções grandiosas; depois mostrou-se que era tudo aparência: muro bem alto, papel de gaiato.
O clube comprou estrelas e renovou o estádio, mas a equipa continua a perder — muro bem alto, papel de gaiato.

Às vezes a aparência protege: um muro alto desencoraja intrusões mesmo que a gestão seja fraca.
Melhor uma fachada competente do que nada; a imagem pública pode ser necessária enquanto se corrigem deficiências internas.