Em Setembro, ardem os montes, secam-se as fontes.
Aviso sobre o aumento do risco de incêndios e da diminuição das águas superficiais em setembro; também usado metaforicamente para consequências de negligência prolongada.
Versão neutra
Em setembro aumentam os riscos de incêndio e diminuem as águas das fontes.
Faqs
- O provérbio é meteorologicamente correto?
Gera a partir de observação tradicional: muitos anos apresentam finais de verão secos e quentes, aumentando riscos de incêndio e reduzindo caudais. Contudo, não é uma regra absoluta — condições locais e variações climáticas podem contrariá-lo. - Como se usa o provérbio de forma figurada?
Emprega-se para apontar que a falta de cuidados prolongada resulta em problemas visíveis e graves: por exemplo, negligência numa empresa que culmina em falhas operacionais pode ser descrita com este provérbio. - É adequado utilizar este provérbio em avisos públicos sobre incêndios?
Pode servir como lembrete cultural e de fácil compreensão, mas medidas oficiais devem basear-se em dados meteorológicos e planos técnicos; o provérbio complementa a mensagem, não substitui informação técnica.
Notas de uso
- Usado sobretudo em contextos rurais e agroclimáticos para lembrar precauções contra incêndios e gestão da água.
- Empregável de forma figurada para enfatizar que, após um período sem cuidados, surgirão problemas visíveis e graves.
- Reflete observação empírica: finais de verão e início de outono podem ser muito secos em zonas mediterrânicas, elevando o risco de fogo e de redução de caudais.
- Não deve ser interpretado como previsão absoluta: variações meteorológicas (chuvas tardias, regimes climáticos locais) alteram a realidade anual.
Exemplos
- Os agricultores lembraram-se do provérbio e reforçaram vigilância: em setembro ardem os montes, secam-se as fontes, por isso não se deve fazer queimadas.
- Usou o ditado de forma metafórica: depois de meses sem manutenção, em setembro ardem os montes, secam-se as fontes — agora aparecem os problemas que se poderiam ter evitado.
Variações Sinónimos
- Em setembro ardem os montes e secam as fontes.
- Em setembro, montes ardendo, fontes secando.
- Setembro, mês de fogo e de pouca água.
Relacionados
- Em abril, águas mil (contraste sazonal sobre disponibilidade de água).
- Quando há fogo não há descanso (sobre consequências do fogo).
- Água que corre não volta (sobre perda irrecuperável, aplicado figurativamente).
Contrapontos
- Nem sempre: anos atípicos com chuvas tardias podem mitigar incêndios e manter as fontes.
- Com gestão adequada (limpezas, rega, planos de prevenção), o risco apontado pelo provérbio pode ser reduzido.
Equivalentes
- Espanhol
En septiembre arden los montes y se secan las fuentes. - Inglês
In September the hills burn and the springs run dry. - Francês
En septembre, les monts brûlent et les sources se tarissent.