Enquanto tolos emprestam, ajuizados não compram.
Contrasta a imprudência de quem empresta facilmente com a cautela de quem evita comprar ou contrair compromissos desnecessários.
Versão neutra
Enquanto alguns emprestam facilmente, os prudentes evitam comprar por impulso.
Faqs
- O provérbio condena sempre o empréstimo?
Não; critica sobretudo o empréstimo feito sem critério ou garantias. Empréstimos bem avaliados e documentados não são o alvo do provérbio. - Significa que não devemos comprar nunca?
Não. O provérbio louva a cautela: evitar compras impulsivas ou compromissos financeiros sem assegurar capacidade de pagamento. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao aconselhar prudência em decisões financeiras, ao comentar comportamentos de risco em empréstimos informais, ou ao criticar consumo impulsivo.
Notas de uso
- Usa-se para criticar quem dá dinheiro ou bens sem avaliar riscos, e louvar a prudência de quem não se compromete por impulso.
- Aplica-se em contextos financeiros, negociais e pessoais, sobretudo quando se discute crédito, empréstimos informais e consumo impulsivo.
- Não é uma recomendação absoluta — em economia moderna, emprestar ou comprar pode ser apropriado em certas circunstâncias (clarificar intenção e risco).
Exemplos
- Quando o grupo começou a prometer empréstimos sem garantias, lembrei-lhes: «Enquanto tolos emprestam, ajuizados não compram» — melhor guardar reservas.
- O comerciante recusou vendas a prazo sem garantias; explicou que, à maneira do provérbio, prefere não comprar riscos que outros lhe impõem.
Variações Sinónimos
- Tolos emprestam, sábios evitam comprar.
- Enquanto uns dão, outros não se comprometem.
- Quem empresta sem pensar perde; o prudente não se deixa levar.
Relacionados
- Nem devedor nem credor (equivalente à advertência contra empréstimos e dÃvidas).
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar (valorização da posse e da cautela).
- Quem empresta esquece (provérbio sobre a inevitabilidade de perder um empréstimo informal).
Contrapontos
- Empréstimos bem avaliados e contratos formais são uma ferramenta económica útil para investimento e crescimento — o provérbio refere-se sobretudo a empréstimos imprudentes.
- Comprar pode ser uma necessidade (por exemplo, bens essenciais, investimentos produtivos); a prudência não significa abstenção completa de compras.
- Na prática moderna, crédito responsável e seguros reduzem riscos que no passado tornavam o empréstimo sempre problemático.
Equivalentes
- inglês
Neither a borrower nor a lender be (Shakespeare); related: A fool and his money are soon parted. - espanhol
Mientras los necios prestan, los prudentes no compran (tradução literal usada como equivalente). - francês
Tandis que les sots prêtent, les sages n'achètent pas (tradução literal/approximação).