Contrasta a imprudência de quem empresta facilmente com a cautela de quem evita comprar ou contrair compromissos desnecessários.
Versão neutra
Enquanto alguns emprestam facilmente, os prudentes evitam comprar por impulso.
Faqs
O provérbio condena sempre o empréstimo? Não; critica sobretudo o empréstimo feito sem critério ou garantias. Empréstimos bem avaliados e documentados não são o alvo do provérbio.
Significa que não devemos comprar nunca? Não. O provérbio louva a cautela: evitar compras impulsivas ou compromissos financeiros sem assegurar capacidade de pagamento.
Quando é apropriado usar este provérbio? Ao aconselhar prudência em decisões financeiras, ao comentar comportamentos de risco em empréstimos informais, ou ao criticar consumo impulsivo.
Notas de uso
Usa-se para criticar quem dá dinheiro ou bens sem avaliar riscos, e louvar a prudência de quem não se compromete por impulso.
Aplica-se em contextos financeiros, negociais e pessoais, sobretudo quando se discute crédito, empréstimos informais e consumo impulsivo.
Não é uma recomendação absoluta — em economia moderna, emprestar ou comprar pode ser apropriado em certas circunstâncias (clarificar intenção e risco).
Exemplos
Quando o grupo começou a prometer empréstimos sem garantias, lembrei-lhes: «Enquanto tolos emprestam, ajuizados não compram» — melhor guardar reservas.
O comerciante recusou vendas a prazo sem garantias; explicou que, à maneira do provérbio, prefere não comprar riscos que outros lhe impõem.
Variações Sinónimos
Tolos emprestam, sábios evitam comprar.
Enquanto uns dão, outros não se comprometem.
Quem empresta sem pensar perde; o prudente não se deixa levar.
Relacionados
Nem devedor nem credor (equivalente à advertência contra empréstimos e dívidas).
Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar (valorização da posse e da cautela).
Quem empresta esquece (provérbio sobre a inevitabilidade de perder um empréstimo informal).
Contrapontos
Empréstimos bem avaliados e contratos formais são uma ferramenta económica útil para investimento e crescimento — o provérbio refere-se sobretudo a empréstimos imprudentes.
Comprar pode ser uma necessidade (por exemplo, bens essenciais, investimentos produtivos); a prudência não significa abstenção completa de compras.
Na prática moderna, crédito responsável e seguros reduzem riscos que no passado tornavam o empréstimo sempre problemático.
Equivalentes
inglês Neither a borrower nor a lender be (Shakespeare); related: A fool and his money are soon parted.
espanhol Mientras los necios prestan, los prudentes no compran (tradução literal usada como equivalente).
francês Tandis que les sots prêtent, les sages n'achètent pas (tradução literal/approximação).