Escolhe a dança quem paga o músico.
					Quem financia ou suporta uma actividade tem autoridade para decidir como ela decorre.
Versão neutra
Quem paga decide.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que quem fornece os recursos financeiros ou materiais tem legitimidade para tomar decisões sobre a actividade que financia. - Posso usar este provérbio no trabalho?
Sim, mas com cuidado: é coloquial e pode soar crítico ou cínico; em contextos formais é preferível explicar a ideia de forma direta. - Tem origem histórica conhecida?
A origem exacta é incerta; a ideia existe em muitas culturas e há registos de equivalentes em línguas europeias, sem autor único identificado. - Quando este provérbio não se aplica?
Não se aplica quando há regras, leis ou princípios éticos que limitam o poder do financiador, ou quando a contribuição não confere autoridade decisória. 
Notas de uso
- Usa‑se para justificar ou criticar decisões tomadas por quem fornece recursos (dinheiro, infraestrutura, apoio).
 - Registo: coloquial; adequado em conversas sobre financiamento, patrocínios, relações laborais e decisão de encomendas ou serviços.
 - Pode implicar uma crítica ética quando a influência do financiador entra em conflito com interesses públicos, profissionais ou legais.
 - Não significa que a pessoa que paga tenha sempre razão absoluta — há limites legais, contratuais e morais.
 
Exemplos
- A empresa patrocinadora exigiu que o logótipo ficasse em destaque — escolhe a dança quem paga o músico.
 - Se são eles que pagam as férias, naturalmente têm preferência sobre o destino; escolhe a dança quem paga o músico.
 - Numa instituição pública, apesar do financiamento privado, a administração tem de respeitar regras: nem sempre escolhe a dança quem paga o músico.
 
Variações Sinónimos
- Quem paga escolhe a música
 - Quem paga manda
 - Quem dá as ordens é quem paga
 - He who pays the piper calls the tune (inglês)
 
Relacionados
- Quem dá rédea solta à carteira
 - O dinheiro fala mais alto
 - Quem tem os cordões da bolsa
 
Contrapontos
- Existem limites legais e contratuais que impedem o financiador de impor qualquer decisão.
 - Em entidades públicas e em profissões reguladas, o financiador não pode violar princípios éticos ou a missão institucional.
 - Decisões comandadas apenas pelo pagador podem prejudicar a qualidade, a independência ou a equidade — nem sempre é desejável que o financiador escolha tudo.
 
Equivalentes
- inglês
He who pays the piper calls the tune. - espanhol
El que paga manda. - francês
Qui paie commande. - alemão
Wer zahlt, schafft an.