Espantalho sem avesso, nem direito

Espantalho sem avesso, nem direito.

Designa algo ou alguém que não tem substância, consistência ou utilidade; aparência vazia ou má construção.

Versão neutra

Algo ou alguém sem substância, utilidade ou consistência.

Quando se pode usar este provérbio?
Usa-se para criticar algo ou alguém que aparenta ser importante ou eficaz, mas que na realidade é frágil, inútil ou sem conteúdo.
É uma expressão ofensiva?
Tem um tom depreciativo; aplicada a pessoas pode ser ofensiva. Em objectos ou projectos é mais uma crítica à qualidade.
Tem origem conhecida?
Não existe referência clara a uma origem documentada; trata‑se de uma imagem popular que recorre ao espantalho como metáfora de vazio.

Registo: coloquial, muitas vezes pejorativo.
Contexto: usado para criticar pessoas, objectos ou projectos que parecem frágeis, mal concebidos ou sem conteúdo.
Tonalidade: depreciativa; pode ferir se aplicada a alguém diretamente.
Imagem metafórica: recorre ao espantalho (figura oca e sem capacidade) para enfatizar falta de «recheio» ou de propósito.

Prometeram um plano ambicioso, mas, no fim, era um espantalho sem avesso, nem direito: sem orçamento nem estudos feitos.
Não lhe peças responsabilidade — nesse cargo portava-se sempre como um espantalho sem avesso, nem direito, mais fachada do que trabalho.
Aquela maqueta parecia elegante, mas por dentro era um espantalho sem avesso, nem direito: materiais fracos e sem isolamento.

inglês
all hat and no cattle / paper tiger (algo que assusta mas é inofensivo)
espanhol
más apariencia que sustancia / puro adorno
francês
homme creux / façade sans contenu