Eu sou feliz', disse. Naturalmente, se tratava um tolo.
Provérbios Persas
Ironiza a declaração de felicidade atribuindo-a a falta de discernimento: quem se proclama feliz é apresentado como ingénuo ou tolo.
Versão neutra
Afirmou «Sou feliz», mas, na realidade, era um tolo.
Faqs
- O que significa este provérbio?
É uma afirmação irónica que sugere que alguém que proclama a própria felicidade é ingénuo ou tolo; serve para criticar aparências e autoengano. - Quando é apropriado usar esta expressão?
Em contextos literários, críticos ou irónicos para comentar comportamentos de vaidade ou superficialidade. Evitar o uso directo em situações pessoais para não ofender. - Tem origem conhecida?
A origem não está indicada; a construção soa mais a uma observação narrativa ou aforismo literário do que a um provérbio tradicional popular. - É ofensivo chamar alguém de tolo por se declarar feliz?
Pode ser. A frase expressa um juízo negativo e deve ser usada com cautela, porque desvaloriza a experiência subjectiva da pessoa.
Notas de uso
- Tom predominantemente irónico e crítico — usado para pôr em causa a sinceridade ou a profundidade da felicidade proclamada.
- Empregado sobretudo em contextos literários ou argumentativos, não como cumprimento genuíno.
- Pode ser ofensivo se aplicado diretamente a alguém; usar com precaução em conversas pessoais.
- Frequente em textos que satirizam vaidade, autoengano ou superficialidade.
Exemplos
- Quando Carlos anunciou aos colegas que era a pessoa mais feliz do mundo, alguns sussurraram: «Eu sou feliz', disse. Naturalmente, se tratava um tolo.»
- No romance, o narrador usa a frase para caracterizar o protagonista: ele dizia ser feliz, porém os actos revelavam uma cegueira tola.
- Disse que tinha tudo e estava feliz; os leitores entenderam a ironia: a frase sublinhava mais a sua vaidade do que uma felicidade autêntica.
Variações Sinónimos
- «Disse: ‘Sou feliz’. Claro que era um tolo.»
- «Afirmou ser feliz — e assim parecia apenas um tolo.»
- «‘Sou feliz’, disse ele; havia ali mais tolice do que alegria.»
- «Dizia ser feliz; a verdade é que se mostrava tolo.»
Relacionados
- Nem tudo o que reluz é ouro (cautela quanto às aparências)
- Quem muito se gaba, pouco tem (crítica à ostentação)
- Ilusão de felicidade vs. felicidade genuína (tema literário comum)
Contrapontos
- A felicidade é subjectiva: afirmar-se feliz não implica necessariamente falta de julgamento.
- A frase pode reflectir mais o juízo alheio do que a realidade da pessoa: chamar alguém de tolo por se declarar feliz é uma leitura crítica, não um facto.
- Em sociedades onde a expressão de contentamento é mal vista ou perigosa, a autodeclaração de felicidade pode ser genuína e corajosa, não tola.
Equivalentes
- inglês
'I am happy,' he said. Naturally, he was a fool. - espanhol
'Soy feliz', dijo. Naturalmente, era un tonto. - francês
'Je suis heureux', dit‑il. Évidemment, c'était un sot.