Não tenha medo de quem levanta um clamor; tenha medo de quem mantém a cabeça baixa.
Provérbios Persas
Avisa que pessoas silenciosas ou resignadas podem ser mais perigosas ou imprevisíveis do que as que fazem barulho, porque o silêncio oculta intenções e estratégias.
Versão neutra
Não temas quem faz barulho; receia quem permanece calado.
Faqs
- O que significa este provérbio de forma simples?
Significa que quem permanece calado pode ser mais perigoso ou imprevisível do que quem se revela com barulho, porque o silêncio pode ocultar intenções e estratégias. - Em que situações posso usar este provérbio?
Em contextos onde convém alertar para o risco de subestimar pessoas discretas — por exemplo, em política, relações laborais ou na avaliação de adversários/concorrentes. - Este provérbio incentiva desconfiança generalizada?
Não necessariamente. É uma advertência contextual; deve ser usado com prudência para não justificar suspeitas infundadas ou prejudicar quem fica em silêncio por razões legítimas.
Notas de uso
- Usa-se quando se quer alertar para o risco de subestimar alguém apenas porque não manifesta publicamente oposição ou ambição.
- Aplicável em contextos políticos, empresariais, familiares ou sociais onde a passividade pode esconder planos ou conformidade forçada.
- Não implica que todo silêncio seja perigoso — é uma advertência sobre possíveis intenções ocultas, não uma acusação universal.
- Deve ser usado com cuidado para não incentivar desconfiança permanente ou estigmatizar vítimas que se calam por medo.
Exemplos
- Na reunião, todos se concentram nas críticas ruidosas do candidato, mas o gerente manteve a calma — lembrou-me do provérbio: não tenha medo de quem levanta um clamor; tenha medo de quem mantém a cabeça baixa.
- Depois de vários protestos, a comunidade devia vigiar também os que pareciam indiferentes; muitas decisões são tomadas por quem pouco fala.
- No jogo político, quem conspira em silêncio costuma ser mais eficaz do que quem grita os seus intenções em público.
Variações Sinónimos
- Não temas o que grita; teme o que se cala.
- Mais perigoso que o grito é o silêncio.
- Cuidado com o silêncio: é nele que se escondem as intenções.
Relacionados
- Quem cala consente (relacionado pelo tema do silêncio, embora com sentido distinto)
- O silêncio também fala
- Lobo em pele de cordeiro (alerta sobre aparências enganosas)
Contrapontos
- Nem sempre o silêncio é sinal de perigosidade; muitas pessoas calam-se por medo, opressão ou respeito.
- Os que levantam clamor podem ser verdadeiramente perigosos e é justificável temê-los, especialmente quando o barulho corresponde a ações agressivas.
- A advertência não deve justificar perseguição ou paranóia contra pessoas reservadas.
Equivalentes
- inglês
Fear not the loud man; fear the silent one. - espanhol
No temas al que grita; teme al que calla. - francês
N'aie pas peur de celui qui crie; crains celui qui se tait. - alemão
Fürchte nicht den, der laut schreit; fürchte den, der still ist.