Faze-te morto, deixar-te-á o touro

Faze-te morto, deixar-te-á o touro.
 ... Faze-te morto, deixar-te-á o touro.

Se fingires estar inofensivo ou imóvel perante uma ameaça, o agressor pode perder o interesse e abandonar-te — conselho de evitar confrontos.

Versão neutra

Se fingires estar morto, o touro pode deixar-te em paz.

Faqs

  • Quando devo usar este provérbio de forma prática?
    Quando confrontado com uma ameaça inesperada e a melhor opção for não provocar escalada — por exemplo, numa aproximação de um animal ou quando a reação pode agravar a situação.
  • É sempre uma boa estratégia fingir que estamos inertes?
    Não. A estratégia pode funcionar em alguns contextos, mas em muitos casos é arriscada; deve avaliar-se o tipo de agressor, o entorno e existência de rotas de fuga ou ajuda.
  • O provérbio tem origem conhecida?
    Não há fonte documental segura. É um ditado popular de matriz rural associado à experiência com gado e ao princípio de não provocar perigos evitáveis.

Notas de uso

  • Usa-se tanto de forma literal (no contexto de gado/animais) como figurada (conflitos humanos, discussões, situações de risco).
  • Indica uma estratégia passiva: não provocar, não reagir de imediato para reduzir a atenção do atacante.
  • Não é prescrição universal: pode ser adequado em situações de surpresa ou quando o agressor decide por ignorar um alvo passivo, mas pode falhar perante agressões deliberadas.
  • Tom pragmático e popular; frequentemente usado em ambiente rural e em linguagem coloquial.

Exemplos

  • Ao ver o vacumar fora do cercado, o camponês aconselhou: 'Faze-te morto, deixar-te-á o touro' — aproximou-se devagar sem provocar o animal.
  • Na reunião tensa, preferiu não responder às acusações e manter a calma; os colegas distraíram-se e a situação acalmou — foi a versão figurada de 'faze-te morto, deixar-te-á o touro'.

Variações Sinónimos

  • Faz-te morto que o touro passa
  • Finge que não estás ali
  • Faz-te de morto que o boi não te morde

Relacionados

  • Quem se cala consente (uso controverso em contexto de violência)
  • Mais vale prevenir que remediar (enfoque na prevenção)
  • A prudência ante o perigo

Contrapontos

  • Não é seguro em todas as situações: perante um agressor persistente ou um predador, fingir inércia pode não impedir o ataque.
  • Em contextos urbanos e legais, ficar passivo pode impedir recolha de provas ou proteção, tornando a opção arriscada.
  • Conselho aplicável em algumas circunstâncias, mas não substitui medidas de proteção ativa nem a procura de ajuda.

Equivalentes

  • inglês
    Play dead and the bull will leave you (equivalent idea: 'play possum' — fingir-se morto)
  • espanhol
    Hazte el muerto y te dejará el toro.
  • francês
    Fais le mort, le taureau te laissera.
  • italiano
    Fatti morto e il toro ti lascerà.