Filha, nem nasça, nem morra.
Expressa aversão ou desejo paradoxal relacionado com a existência de uma filha; frequentemente usado de forma hiperbólica para censurar ou afastar uma mulher/filha.
Versão neutra
Melhor não nascer do que viver em sofrimento.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa, de forma hiperbólica, uma aversão ou desejo de que a filha não exista ou que não sofra — frequentemente usado para censurar ou exprimir grande exasperação. - É aceitável usar esta expressão hoje em dia?
Não é recomendável; a expressão tem conotações misóginas e pode ser ofensiva. Em vez de usar insultos, é mais construtivo abordar conflitos familiares de forma respeitosa. - Tem origem conhecida?
Não há origem documentada clara; trata‑se de um ditado popular de aparência antiga que reflete atitudes culturais passadas.
Notas de uso
- É um ditado antigo e carregado de conotações negativas e misóginas; hoje é considerado ofensivo.
- Usa-se por vezes de forma irónica ou hiperbólica para mostrar exasperação, não como um desejo literal.
- Pode aparecer em contextos familiares tradicionais, em textos literários que retratem atitudes antigas, ou como exemplo de linguagem discriminatória.
Exemplos
- Ao ouvir a filha desafiar todas as regras, o homem exclamou, zangado e em tom hiperbólico: «Filha, nem nasça, nem morra.»
- Num ensaio sobre linguajar patriarcal, a autora citou «Filha, nem nasça, nem morra» para ilustrar atitudes históricas de desvalorização das mulheres.
Variações Sinónimos
- Nem nasça, nem morra
- Filho, nem nasça, nem morra
- Que não nasça, que não viva
Relacionados
- Expressões populares que desvalorizam filhos ou filhas
- Ditados e provérbios com tom fatalista ou censurador
- Frases hiperbólicas de desaprovação familiar
Contrapontos
- Hoje, tal frase é considerada misógina e inaceitável: valoriza mais a imagem social do que a dignidade da pessoa.
- Em contextos contemporâneos, defende‑se o respeito e proteção das crianças e adolescentes em vez de atitudes punitivas ou desumanas.
- Usar a expressão literal pode perpetuar atitudes discriminatórias; melhor discutir as causas da exasperação (educação, limites, apoio) do que recorrer a insultos.
Equivalentes
- inglês
Better never to have been born (sentiment often associated with antinatalism or extreme despondency) - espanhol
Ni que nazca ni que muera (tradução literal usada em alguns contextos para expressar o mesmo exagero)