Filho bastardo, ou muito bom, ou muito velhaco

Filho bastardo, ou muito bom, ou muito velhaco.
 ... Filho bastardo, ou muito bom, ou muito velhaco.

Afirma‑de forma estereotipada que uma criança nascida fora do casamento tende para um dos extremos de carácter: muito virtuosa ou muito astuta/maliciosa.

Versão neutra

Filho nascido fora do casamento: ou muito bondoso, ou muito astuto.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Sugere, de forma estereotipada, que uma criança nascida fora do casamento tende a comportar‑se de forma extrema — ou muito virtuosa ou muito ardilosa. É uma generalização popular, não uma regra factual.
  • Posso usar a palavra 'bastardo' hoje em dia?
    Não é recomendável. 'Bastardo' é considerado insultuoso e estigmatizante. Prefira termos neutros (por exemplo, 'nascido fora do casamento') e, se citar o provérbio, contextualize‑o historicamente.
  • Este provérbio tem fundamento científico?
    Não. A personalidade e o comportamento são influenciados por múltiplos factores; o provérbio reflecte um juízo social e não evidência empírica.
  • Onde usar este provérbio hoje?
    Apenas em contextos de análise cultural, histórica ou literária, e sempre com aviso sobre o seu carácter estereotipado e potencialmente ofensivo.

Notas de uso

  • Usado historicamente para classificar crianças nascidas fora do casamento; reflecte estigma social e pensamento dicotómico.
  • O termo 'bastardo' é pejorativo e desaconselha‑se o seu uso para referir pessoas na linguagem contemporânea.
  • Na prática, o provérbio surge como observação popular e muitas vezes irónica sobre personalidade extrema, mais do que como regra factual.
  • Ao citar o provérbio em contexto moderno, convém explicitar que se trata de um reflexo de mentalidades antigas e não de uma verdade científica.

Exemplos

  • Quando viram o miúdo tão calmo, o avô sorriu e disse, em jeito de provérbio: «Filho bastardo, ou muito bom, ou muito velhaco» — sem grande crença literal, mais uma anedota antiga.
  • Num debate sobre estigmas sociais, Maria citou o provérbio e acrescentou que tais generalizações são injustas e não explicam o comportamento individual.
  • O autor usa a frase para caracterizar uma família tradicional na novela, mostrando como ditos populares moldam expectativas sociais.

Variações Sinónimos

  • Filho de fora, ou muito bom ou muito patife.
  • Bastardo: ou santo, ou vilão.
  • Filho ilegítimo, ou muito bom, ou muito ardiloso.

Relacionados

  • Quem nasce torto nunca se endireita (sobre traços considerados irreversíveis)
  • Não se julga pela aparência (contra generalizações rápidas)
  • Provérbios que expressam estereótipos familiares ou de nascimento

Contrapontos

  • A personalidade resulta de factores complexos — genética, ambiente e educação — não de uma condição de nascimento.
  • Usar o provérbio sem crítica reforça estigmas e pode ofender pessoas nascidas fora do casamento.
  • A linguagem contemporânea privilegia termos não pejorativos e evita atribuir valor moral a condições de nascimento.

Equivalentes

  • Inglês
    ‘A bastard child is either very good or very roguish.’ (tradução literal; não é um provérbio corrente em inglês)
  • Espanhol
    «Hijo bastardo, o muy bueno o muy pícaro.» (variação directa usada em fala coloquial em algumas regiões)