Fugi, gaivotas, que aí vem o diabo de botas.
Aviso dramático ou jocoso para avisar de uma chegada perigosa ou indesejada; convite a afastar-se para evitar problemas.
Versão neutra
Fujam, gaivotas, que aí vem alguém perigoso.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
É uma expressão de origem oral sem documentação histórica clara. Circula como ditado popular em variantes regionais, associada a zonas costeiras pela referência às gaivotas. - O que significa 'diabo de botas' nesta frase?
É uma imagem figurada que personifica algo ou alguém perigoso, temido ou inconveniente. Não tem necessariamente conotação religiosa literal; funciona como hipérbole. - Quando devo usar esta expressão?
Em contextos informais, para brincar ou advertir sobre a chegada de alguém ou algo indesejado. Evite‑a em ambientes formais ou junto de pessoas que possam achar a referência inapropriada.
Notas de uso
- Tom geralmente informal e coloquial; usado em registo familiar ou entre amigos.
- Freqüentemente usado com humor ou ironia para referir a chegada de alguém autoritário, severo ou potencialmente conflituoso (p. ex. patrão, polícia, pessoa irritada).
- Não deve ser usado em contextos formais ou em situações em que possa ofender terceiros sensíveis a imagens religiosas (referência ao 'diabo').
- Imaginativa: pode ser empregue de forma literal apenas por crianças em brincadeiras; normalmente é figurativa.
Exemplos
- Quando o patrão entrou no escritório sem avisar, um colega brincou baixinho: «Fugi, gaivotas, que aí vem o diabo de botas.»
- Ao verem a brigada municipal a aproximar‑se para acabar com a festa na praia, os jovens exclamaram em tom de troça: «Fugi, gaivotas, que aí vem o diabo de botas!»
- Uma criança, ao fingir que as gaivotas eram suas amigas, gritou: «Fugi, gaivotas, que aí vem o diabo de botas!», e todos riram da dramatização.
Variações Sinónimos
- Fujam, gaivotas, que vem o diabo.
- Afastem‑se, gaivotas, que aí vem o diabo.
- Saiam da frente, que vem o diabo de botas.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- Corram enquanto é tempo (expressão popular, não provérbio clássico)
Contrapontos
- Quem não arrisca, não petisca — encoraja a enfrentar o risco em vez de fugir.
- Fazer ou morrer — tom fatalista que contradiz o aviso de evitar o perigo.
Equivalentes
- inglês
Run for cover! (ou "Clear out, here comes trouble") - espanhol
¡Huid, gaviotas, que viene el diablo! (ou simplesmente "¡A correr, que viene el problema!") - francês
Sauve‑qui‑peut ! (ou « Dégagez, voilà les ennuis »)