Há sempre uma mulher junto a uma dor.
Afirma, de forma ambígua, que uma mulher costuma estar associada ao sofrimento — quer como acompanhante/ajudante, quer como causa atribuída do problema.
Versão neutra
Há sempre alguém junto à dor.
Faqs
- O que significa este provérbio em termos práticos?
Depende do contexto: pode sublinhar que as mulheres frequentemente acompanham e cuidam dos que sofrem, ou pode ser usado de forma pejorativa para atribuir às mulheres a origem do sofrimento. É ambíguo e requer contextualização. - É apropriado usar este provérbio hoje em dia?
Em contextos informais e ao relatar uso histórico ou literário, pode ser citado com precaução. Em ambientes profissionais ou públicos, é preferível evitá‑lo ou explicitar que se está a discutir o seu carácter histórico/estereotipado. - Tem origem conhecida ou autor identificado?
Não há autoria conhecida; trata‑se de um provérbio popular de origem incerta, transmitido oralmente. - Que alternativa neutra posso usar?
Use «Há sempre alguém junto à dor» ou «A dor encontra quem a acompanhe», que evitam atribuições de género.
Notas de uso
- Ambíguo: pode referir presença e cuidado (mulher como cuidadora) ou ser usado de forma pejorativa (mulher como origem da dor).
- Uso coloquial e regional; evita‑se em contextos formais ou públicos por poder ser interpretado como sexista.
- Ao citar, é útil clarificar a intenção (descrição de facto, crítica social ou expressão de preconceito).
- Históricamente, provérbios sobre género podem refletir valores culturais passados e não ser aceitáveis sem contextualização.
Exemplos
- Num registo acolhedor: «Na noite de parto, mais do que medo, senti que havia sempre uma mulher junto a uma dor — a enfermeira segurou a minha mão.»
- Num contexto crítico: «Ele disse «há sempre uma mulher junto a uma dor» como se isso justificasse a culpa dela; achei a expressão injusta e redutora.»
Variações Sinónimos
- Há sempre alguém junto da dor.
- A dor não vem só.
- Onde há sofrimento há companhia.
Relacionados
- A dor partilhada é metade da dor.
- Quem tem saúde tem esperança; quem tem dor tem consolo.
- Atrás de cada aflição há uma história.
Contrapontos
- A dor não tem género: qualquer pessoa pode ser causa ou vítima de sofrimento.
- Cuidados e acompanhamento não são exclusividade feminina; homens e outras identidades também acompanham e cuidam.
- Generalizações sobre grupos (por exemplo, mulheres) perpetuam estereótipos e devem ser evitadas.
Equivalentes
- Inglês
There is always a woman near a pain. (tradução literal; sem equivalente idiomático comum) - Espanhol
Siempre hay una mujer junto al dolor. (tradução literal; uso igualmente ambíguo) - Francês
Il y a toujours une femme près d'une douleur. (tradução literal; não há equivalente idiomático corrente)