Há um ano que me mordeu o sapo, e agora me inchou o papo.

Há um ano que me mordeu o sapo, e agora me inchou ... Há um ano que me mordeu o sapo, e agora me inchou o papo.

Coisa pequena ou acontecimento passado que só mais tarde produz efeitos ou consequências negativas.

Versão neutra

Um acontecimento de há um ano só agora está a dar problemas.

Faqs

  • O provérbio é literal ou figurado?
    É figurado. A imagem do 'sapo' e do 'papo inchado' serve para ilustrar um efeito tardio de algo que aconteceu anteriormente.
  • Quando é apropriado usar esta expressão?
    Usa-se informalmente para comentar situações em que um problema antigo reaparece ou só agora causa impacto — por exemplo, em trabalho, relações pessoais ou consequências administrativas.
  • É uma expressão comum em todo o mundo de língua portuguesa?
    Não é universalmente comum; parece ser uma expressão regional ou coloquial e pode não ser reconhecida por todos os falantes.

Notas de uso

  • Expressão idiomática, de uso informal e geralmente figurado.
  • Refere-se a um efeito retardado: algo que aconteceu no passado e só agora se manifesta.
  • Pode empregar-se para falar de problemas pessoais, profissionais ou mesmo de saúde com manifestação tardia.
  • Pode ser regional ou pouco corrente; não é um provérbio canónico presente em compilações clássicas.

Exemplos

  • Ele deixou passar a atitude do colega há meses, mas tudo estalou agora; há um ano que me mordeu o sapo, e agora me inchou o papo.
  • Aquela peça defeituosa foi instalada no outono; só agora deu problemas. Foi como dizem: há um ano que me mordeu o sapo, e agora me inchou o papo.
  • Não era nada grave quando assinámos o contrato, mas surgiram complicações mais tarde — o que parecia pequeno acabou por ter consequências.

Variações Sinónimos

  • Veio-me atrás aquilo que deixei passar.
  • O que ficou por resolver acabou por rebentar mais tarde.
  • Não lidar com o problema fez com que ele surgisse depois com mais força.

Relacionados

  • Quem semeia ventos colhe tempestades (sobre consequências de actos)
  • O que não matou, engorda (sobre efeitos tardios, em sentido contrário)
  • O tempo traz surpresas (sobre resultados posteriores)

Contrapontos

  • Não há mal que sempre dure (sugere que as consequências não são permanentes)
  • Mais vale tarde do que nunca (enfatiza benefício de algo tardio, em oposição ao tom negativo do provérbio)

Equivalentes

  • inglês
    It came back to bite me.
  • espanhol
    Lo que haces vuelve; me volvió para morderme.
  • francês
    Ça m'est revenu en boomerang.
  • alemão
    Es ist wie ein Bumerang zurückgekommen.
  • português (variação)
    Isso voltou para me morder.