A quem mordeu a cobra, guarde-se dela.
Aviso de que quem provoca, fere ou prejudica alguém perigoso deve recear retaliação; recomenda cautela após ofender um adversário.
Versão neutra
Quem feriu ou provocou alguém perigoso deve vigiar‑se por possível retaliação.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que quem provoca ou prejudica alguém perigoso deve ter cuidado com possíveis represálias; é um aviso de precaução prática. - Quando é apropriado usá‑lo?
Quando se quer advertir alguém sobre riscos resultantes de um acto agressivo ou provocador — por exemplo em ambientes profissionais, políticos ou pessoais. - É um provérbio que culpa a vítima?
Não necessariamente. Serve sobretudo como conselho de prudência. Deve‑se evitar interpretações que justifiquem violência ou culpabilizem pessoas feridas. - Há alternativas mais conciliadoras?
Sim. Em vez de apenas desconfiar, muitas vezes é preferível procurar diálogo, mediação ou meios legais para resolver conflitos.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir alguém que pode sofrer consequências por ter provocado ou prejudicado outrem.
- Tom comum: admoestação prática, não necessariamente juízo moral sobre quem provocou.
- Emprega‑se em contextos pessoais, laborais, políticos e sociais, frequentemente para prevenir represálias.
- Pode ser usado ironicamente para justificar prudência após um conflito.
Exemplos
- Depois de despedir o chefe de equipa com ligações, o diretor ouviu conselhos: «A quem mordeu a cobra, guarde‑se dela.»
- Se insultaste aquele político influente, lembra‑te do provérbio — não vás a público sem defesa; a retaliação é provável.
- Quando fez uma campanha agressiva contra o concorrente, a equipa foi avisada a ter cautela: quem provoca, pode sofrer as consequências.
Variações Sinónimos
- Não provoques o cão que dorme.
- Quem brinca com fogo acaba queimado.
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- Quem mexe com a cobra dá‑se mal.
Relacionados
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
- Não acorde o cão que dorme.
- Quem brinca com fogo acaba queimado.
- Quem tira a toalha do cão, que não se admire se levar uma dentada.
Contrapontos
- Promover reconciliação: em muitos casos dialogar é melhor do que viver na desconfiança.
- Nem toda ofensa gera retaliação — generalizar pode conduzir a paranoia e injustiça.
- Avisar não é justificar: a advertência não legitima preconceito ou culpabilização da vítima em contextos de agressão.
- Aplicação da lei: há situações em que a resposta deve ser institucional (justiça) e não vigilância pessoal.
Equivalentes
- inglês
If you play with fire, you'll get burned. (A warning about courting danger and suffering the consequences.) - espanhol
Quien muerde a la serpiente, que se cuide de ella. - francês
Qui a mordu le serpent doit s'en méfier. - alemão
Wer die Schlange gebissen hat, soll sich vor ihr hüten.