Comentário sobre a reputação de um homem (aqui caracterizado pela barba ruiva) de ter relações/atenções repartidas entre duas mulheres ou dois papéis; sugere volubilidade ou dupla vida amorosa.
Versão neutra
Homem de barba ruiva: uma faz, outra cuida.
Faqs
O que quer dizer este provérbio de forma simples? Refere-se à reputação de um homem (barba ruiva, na expressão) de ter duas mulheres ou duas atitudes distintas: uma que 'faz' (actua) e outra que 'cuida' (mantém/ama). É uma observação proverbial sobre volubilidade amorosa.
É apropriado usar este provérbio hoje em dia? Depende do contexto. Pode ser considerado antiquado e sexista; convém evitar generalizações e preferir linguagem que não reproduza estereótipos ou difamação.
Tem origem registada em documentações históricas? Não há fonte única claramente identificada; pertence à tradição oral portuguesa e aparece em registos de provérbios populares sem origem documentada precisa.
Notas de uso
Uso tradicionalmente coloquial e regional; pode aparecer em contexto familiar ou comunitário.
Frase de teor jornalístico ou proverbial, muitas vezes empregue para resumir rumores sobre comportamento amoroso de alguém.
Hoje é considerado arcaico e potencialmente sexista ou estereotipador; usar com cuidado para não generalizar nem insultar.
Não deve ser usado como argumento factual contra uma pessoa sem provas; é uma observação de reputação, não uma evidência.
Exemplos
Quando começaram a circular boatos sobre a vida pessoal do João, alguém comentou em voz baixa: «Homem de barba ruiva, uma faz, outra cuida», referindo-se à fama dele.
Num debate sobre provérbios antigos, a professora explicou que «Homem de barba ruiva uma faz, outra cuida» reflecte estereótipos de época e alertou para o uso responsável da expressão.
Variações Sinónimos
Homens de barba ruiva: uma faz, outra cuida
Homem de barba ruiva, uma faz outra cuida
Relacionados
Onde há fumaça, há fogo (sobre rumores e reputação)
Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és (sobre associação e reputação)
Contrapontos
Generaliza e atribui comportamento a uma característica física (barba ruiva), o que é injusto e impreciso.
Hoje é visto como sexista por dividir homens e mulheres em papéis fixos (quem 'faz' e quem 'cuida').
Deve ser substituído por observações basadas em factos quando se comenta o comportamento de alguém.