Homem de sete ofícios em todos é remendão.

Homem de sete ofícios em todos é remendão.
 ... Homem de sete ofícios em todos é remendão.

Quem se ocupa de muitas tarefas acaba por fazê‑las de forma pouco especializada ou superficial.

Versão neutra

Quem abraça muitas ocupações tende a executá‑las de forma pouco competente.

Faqs

  • Qual é o sentido literal do provérbio?
    Literalmente refere‑se a alguém que exerce sete ofícios diferentes e os remenda todos; figurativamente descreve quem faz muitas coisas de forma superficial.
  • De onde vem este provérbio?
    É de origem popular portuguesa, transmitido pela tradição oral. O «sete» funciona como marcador de pluralidade e não indica uma origem documentada específica.
  • É ofensivo chamar alguém assim?
    Depende do contexto e da entoação. Pode ser crítica à competência, mas também uma observação pragmática sobre falta de especialização. Evite usar de forma depreciativa em situações formais.

Notas de uso

  • Tom crítico: costuma empregar‑se para apontar falta de especialização ou domínio insuficiente de várias actividades.
  • Contexto preferencial: comentário sobre profissionais, artesãos ou pessoas que assumem muitas funções ao mesmo tempo.
  • Registo: informal e coloquial; apropriado em conversas e textos que comentem desempenho prático.
  • O número «sete» é simbólico (muitos), não literal; o provérbio não pretende enumerar ofícios específicos.

Exemplos

  • Na oficina, preferimos contratar alguém com formação específica — um homem de sete ofícios em todos é remendão e não garante qualidade.
  • Ela tenta gerir a contabilidade, as vendas e o apoio ao cliente, mas começou a cair em erros: é o risco de ser homem de sete ofícios em todos é remendão.
  • O chefe advertiu‑o: é melhor especializar‑se numa área do que ser um generalista que não domina nenhuma.

Variações Sinónimos

  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • Faz de tudo, nada faz bem.
  • Aprendiz de tudo, mestre de nada.

Relacionados

  • Aprendiz de tudo, mestre de nada.
  • Quem muito abarca pouco aperta.
  • Cada macaco no seu galho.

Contrapontos

  • Versatilidade é valorizada em contextos pequenos ou em mudanças constantes: um polivalente pode ser mais útil do que um especialista estreito.
  • Aprender várias competências pode ser estratégico para adaptabilidade e inovação.
  • Nem sempre ser «remendão» é negativo: em situações de escassez, conhecimentos diversos resolvem problemas imediatos.

Equivalentes

  • Inglês
    Jack of all trades, master of none.
  • Espanhol
    Aprendiz de todo, maestro de nada.
  • Francês
    Bon à tout, bon à rien.
  • Alemão
    Hansdampf in allen Gassen (literalmente: «o homem que faz de tudo»).
  • Italiano
    Tuttologo, maestro di nulla.