Homem pobre a dobrado custo come.
Expressa a ideia de que pessoas pobres frequentemente acabam por pagar mais pelos bens e serviços essenciais, por falta de acesso a opções mais baratas ou compras em quantidade.
Versão neutra
Pessoa pobre paga o dobro pelo que come.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que, por razões de mercado, logística ou compra em pequenas quantidades, as pessoas com menos recursos acabam por suportar custos relativamente maiores. - Este provérbio é ofensivo?
Pode ser percecionado como estigmatizante se usado de forma depreciativa. É aconselhável empregá‑lo com cuidado e, em contextos formais, preferir linguagem neutra e analítica. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em comentários sobre desigualdade económica, custo de vida e planeamento familiar ou comunitário; em textos jornalísticos e explicativos pode servir como ilustração cultural, com notas contextuais. - Qual a origem desta expressão?
Não há origem documentada clara. Trata‑se de sabedoria popular que reflete observações económicas sobre pobreza e consumo.
Notas de uso
- Usa-se para comentar situações em que a falta de recursos obriga alguém a aceitar preços ou condições piores.
- Tom: pode ser crítico ou lamentoso; evita‑se em contextos sensíveis por poder soar estigmatizante.
- Registo: popular e proverbial; adequado em conversas informais, análises sociais ou jornalísticas, com cautela.
- Gramática: a forma original é arcaica; em comunicação moderna prefere‑se versões atualizadas e neutras.
Exemplos
- Ao verem as contas do mês, comentaram que comprar em pequenas quantidades obriga a pagar mais — 'homem pobre a dobrado custo come'.
- Quando a família não consegue aceder a mercados mais baratos, faz‑se notar que 'pessoa pobre paga o dobro pelo que come'.
- Na discussão sobre transporte no bairro, lembraram que sem carro as idas ao supermercado ficam mais caras — um bom exemplo do provérbio.
Variações Sinónimos
- Pobre paga o dobro
- Pobre paga duas vezes
- Quem é pobre paga o dobro pelo pão
- O pobre come a custo dobrado
Relacionados
- A necessidade aguça o engenho (mostra adaptação, frequentemente usada como complemento)
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar (difere no foco, mas aparece em discussões sobre escolhas económicas)
Contrapontos
- A necessidade aguça o engenho — contrapõe a ideia apontando que a pobreza também pode levar à criatividade e poupança.
- Nem sempre o pobre paga mais: compras coletivas, cooperativas e políticas públicas podem mitigar o problema.
Equivalentes
- inglês
The poor pay twice (or The poor pay more) - espanhol
El pobre paga el doble