Horta sem água, casa sem telhado, mulher sem amor e marido descuidado, de graça é caro.
Alerta de que aquilo que falta o mÃnimo essencial (ou que é oferecido sem custo) pode sair muito caro em consequências; aceitar ‘grátis’ nem sempre compensa.
Versão neutra
O que falta o essencial ou é oferecido sem critério pode tornar-se muito dispendioso; o 'grátis' pode custar caro.
Faqs
- O que quer dizer exatamente este provérbio?
Significa que coisas ou relações sem o cuidado necessário, ou ofertas que parecem gratuitas, podem resultar em prejuÃzos; o aparente ‘grátis’ pode ter custos ocultos. - Quando é apropriado usá‑lo?
Ao advertir alguém que aceita algo sem avaliar riscos ou que negligencia necessidades básicas — por exemplo, aceitar serviços sem contrato, recusar manutenção ou descurar uma relação. - É um provérbio aplicável hoje em dia?
Sim. Mantém‑se relevante em contextos económicos, digitais (serviços 'grátis' com custos ocultos) e nas relações pessoais. Deve, contudo, ser ponderado caso a caso.
Notas de uso
- Provérbio usado para advertir contra aceitar ofertas sem avaliar consequências ou contra negligência de necessidades básicas.
- Aplica-se a situações materiais (negócios, bens) e imateriais (relações, responsabilidades).
- Tom habitual: cauteloso ou moralizador; uso coloquial em conversas informais e advertências.
- Não indica literalmente que tudo o que é grátis é mau, mas que a ausência do essencial tem custos.
Exemplos
- O agricultor aceitou sementes grátis sem avaliar a qualidade; depois teve de regar mais e comprar adubo — horta sem água, de graça é caro.
- Ela ficou com um trabalho mal definido porque parecia uma boa oportunidade gratuita; ao fim de meses percebeu que a carga compensava pouco — de graça saiu-lhe caro.
- O marido negligenciava a relação achando que o afecto voltaria por si só; a deterioração custou o casamento — mulher sem amor e marido descuidado.
Variações Sinónimos
- O barato sai caro.
- De graça até o santo desconfia.
- Não há almoços grátis.
- O que é gratis sai caro.
Relacionados
- O barato sai caro.
- Nem tudo o que reluz é ouro.
- Quem dá aos pobres empresta a Deus.
Contrapontos
- Existem situações em que ofertas gratuitas são úteis (amostras, voluntariado), especialmente quando vêm acompanhadas de transparência.
- A cooperação e a ajuda mútua podem justificar concessões sem custo; nem todo ‘grátis’ implica negligência ou prejuÃzo.
- Avaliar caso a caso: à s vezes o custo real de algo gratuito é menor do que os benefÃcios obtidos (aprendizado, visibilidade, rede).
Equivalentes
- inglês
There's no such thing as a free lunch / You get what you pay for. - espanhol
Lo gratis sale caro / No hay almuerzo gratis. - francês
Rien n'est gratuit / Le gratuit coûte souvent cher. - alemão
Nichts ist umsonst / Wer billig kauft, kauft teuer. - italiano
Non esistono pranzi gratis / Il poco che costa poco, alla fine costa caro.